Inerte

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Inerte

Meu corpo inerte num mundo com velocidade célere
Minha alma busca ser intrépide, praticando malabares
Com os meus sonhos que flutuam pelos ares

Viajo a milhões de anos luz
E a muito tempo meus pensamentos me conduzem
E nesse presente onde me apresento sou apenas uma ligação cósmica com o tempo

Quem pensa somente nesse mundo pequeno é diminuto
Vive perdendo horas e minutos
Nem imagina a dimensão do absoluto
Tem muitas coisas que eu refuto
O mundo não é um pequeno reduto

Sou partícula que se desprendeu e acelerou
A massa bruta não me congelou
Saí do zero absoluto, da inércia
Tornei-me energia quente e inversa
Sou meu universo reverso em forma de versos

Viver assim é bom pra mim, intrínseco ínterim
Fato irrevogável, irreversível
Portanto: plausível no etéreo invisível
Viver não é risível é o mínimo admissível

Jonas Luiz

Uma nova fase poéticaOnde histórias criam vida. Descubra agora