V Vácuo
Na linha tênue entre a razão e a emoção
Tornei-me um escravo de ocasião
No vácuo criado entre o abismo e o doce Shangri-Lá
Usufruindo de um saboroso paladar
Um pé na terra, o outro na canoa da vida
Pois bem sei que meu tempo é exíguo,
com sentimentos ambíguos
Sou peregrino da minha própria causa
Procurando meu abrigo
O ostracismo é figura tacanha
E nas paredes da vida, todos tentam subir, poucos sobem
Quem não sobe, somente a arranha
O manjar está servido na mesa e vem acompanhado de um bolo de cerejas
Um banquete para todos os tipos de gostos e deleite
Muito exótico e cheio de surpresas
Minha mente orbita os meus Hemisfério
Separada pelo vácuo que divisa os muitos mistérios
Tudo tão fraco e perene, a distância é curta entre o limbo e o Olimpo
Jonas Luiz
27/03/19
