Existência
Não sei o quanto e nem o tanto
Não sei quantas vezes reativei o modo encanto
Não sei quantas vezes foi preciso transformar um pranto em sorrisos
Não bastam apenas lindos dias se a tristeza ofuscar um sol que brilha
Não bastam sorrisos se a alma emitir um aviso de perigo
Não bastam muitos abraços sem calor, se só o seu tem valor
Na minha garganta escorre os meus goles
Na piscina chamada vida bebo meus porres
Minha embriaguez necessária, meus dissabores
Fantasiando o espectro da juventude, envelopado de jovialidade
Cantando ciranda tardia no jardim de uma velha criança
Os anos vão passando e os pensamentos bailam numa dança
Durante as noites chegam açoites de sanidade
Durante as noites sou açoitado pela loucura
As duas se misturam e como duram
Dias e noites, noites que se transformam em dias longos
Dias que vão ao longe, difícil se manter longe disso tudo
É necessário ativar o modo vício
Vício de viver
Jonas Luiz
