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- Kris, não marque nada para mim agora. Estou um pouco ocupado agora- Jeremy disse me colocando contra a porta e a trancando, antes de desligar o telefone.
  - Ela que fica na recepção?- falei enquanto tentava me afastar de seus beijos.
  - Sim- então foi ela quem me chamou de "a menina de Jeremy" quando vim aqui no hospital pela primeira vez. Notavelmente Jeremy não estava muito afim de papo. Ele me colocou de costas, contra a parede, dando leves mordidas em minhas costas até minha nuca. Dei um leve riso por causa do arrepio que senti com seu toque.
  Virei-me de frente para desabotoar sua blusa social enquanto ia tirando meu salto com os pés. Ele foi abaixando o zíper de trás do meu vestido preto colado e ele caiu no chão, comecei a guia-lo até a sua mesa totalmente organizada.
  - Não sabia que era fã de escritórios, doutor- ele me colocou em cima da mesa e eu passei minhas pernas pela sua cintura, o puxando para mais perto de mim, sem espaço nenhum entre nossos corpos.
  - Não até agora- Jeremy percorreu seus dedos pelas minhas costas até abrir meu sutiã. Me aproximei, passando meus lábios pelo seu corpo até descer à altura de sua cintura, abrindo o zíper de sua calça. Jeremy puxou meus cabelos para trás.
  - Não temos muito tempo, baby- entendi o que ele quis dizer e me inclinei para voltar à beija-lo, terminando de tirar suas calças com meus pés, vendo sua ereção e logo em seguida tirar a sua boxe- Vem cá.
  Jeremy me levantou e me colocou de costas, me debruçando na mesa e deu um tapa em minha bunda. Inclinei um pouco a cabeça e mordi meu lábio, me segurando para não fazer nenhum barulho.
  - Shh- ele me deu outro tapa mais forte e eu soltei um leve gemido- Sem barulhos- e outro tapa. O que esse homem queria de mim, afinal? Eu estava louca para tê-lo agora. Mordendo meus lábios e me controlando com os tapas que ele estava me dando. E então ele colocou seus dois dedos dentro de mim, me deixando totalmente excitada, e eu tive que me segurar mais uma vez para não fazer barulho. Afinal, estávamos em uma sala de um hospital lotado e qualquer momento alguém poderia bater na porta procurando pelo Dr. Jeremy Parker.
  - Está tão molhadinha- ele sussurrou em meu ouvido e passou sua ereção por mim antes de me penetrar.
  Precisei segurar firme na mesa e morder ainda mais meu lábio para não fazer nenhum barulho enquanto ele entrava e saía de dentro de mim.

  - O que você quer comer?- Jeremy perguntou enquanto entrávamos no carro.
  Já era noite, eu havia ido para minha loja e, a pedidos de Jeremy, havia vindo de volta ao hospital encontrá-lo para jantarmos juntos.
  - Que tal um drive-thru no Mc Donald's?
  - Está com pressa, baby?- ele me olhou de canto, enquanto dirigia pelas ruas agitadas de San Diego.
  Balancei a cabeça.
  - Estou cansada.
  Ele olhou para a pista cheia de carros antes de me dar uma resposta.
  - Tudo bem. Drive-thru então.
  - Você é tão compreensível- sorri para ele e ele revirou os olhos, sabendo que eu estava sendo irônica.
  Me aconcheguei no banco de seu Range Rover espaçoso.
  - Sabe o que eu estava pensando?- disse e ele se virou levemente para mim como resposta- Fazem seis meses que você mora no mesmo prédio que eu e eu já te vi com uns três carros diferentes.
  Jeremy deu um riso abafado, sem tirar os olhos na pista e se dirigindo ao Mc Donald's, que com certeza estava lotado de carros e gente entrando e saindo o tempo todo.
  - E sabe o que eu estava pensando?
  Agora foi minha vez de encara-lo.
  - Que faz um mês e meio que começamos essa aposta.
  Franzi a sobrancelha.
  - Isso é bom ou ruim?
  - Bom, faz um mês e meio que você entrou em minha vida- e então, ele olhou sério em meus olhos e meu corpo inteiro esquentou. Eu não sabia ao certo o que responder, porque não sabia ao certo o que ele quis dizer com aquilo. Seria só uma forma de dizer "faz um mês e meio que ninguém se apaixonou". Olhei fundo em seus olhos, até que os carros na nossa frente começaram a andar.
  - Boa noite, o que gostariam de pedir?- a atendente disse com um leve rubor nas sobrancelhas, encantada por Jeremy. Revirei os olhos, quem não era?
  - Boa noite- Jeremy disse- Duas batatas grandes, cocas e hambúrgueres.
  - Algo mais?- a morena de seios grandes sorriu para ele. Será que ela não percebia que eu estava aqui?
  - Dois milkshake de baunilha.
  Ela fez o nosso pedido e na hora de entregar o comprovante de pagamento, se demorou ao olhar para Jeremy. Continuamos andando com o carro.
  - Baunilha, huh?- falei.
  Ele piscou para mim.
  - Tudo com baunilha fica melhor.
  Não podia discordar.
  E então, um atendente, finalmente um homem, entregou nossos pedidos e Jeremy colocou tudo que estava em uma caixa em meu colo.
  Eu estava com tanta fome que mal pensei antes de começar a comer. Vi que Jeremy me olhava e voltava seu olhar pra pista e então, dei risada. Peguei seu lanche e coloquei em sua boca.
  - Você consegue fazer isso sozinho, doutor- ri.
  E então, Last Kiss do Pearl Jam começou a tocar na rádio.
  - Eu amo essa musica- falei, animada demais.
  Jeremy aumentou o volume e começou a cantar.
  Oh, where oh where can my baby be?
  The Lord took her away from me
  Olhei para ele cantando e dei risada antes de acompanhá-lo. Jeremy comia seu lanche e batatas que eu dava para ele e cantava tão alto quanto a música.
She's gone to heaven, so I got to be good
So I can see my baby when I leave this world.
  Olhava para a expressão em seu rosto, dançando e cantando enquanto dava risada.
  When I woke up, the rain was pourin' down
  There were people standing all around
  Something warm runnin' in my eyes
  But somehow I found my baby that night
  E então, me lembrei de nós dois andando pela rua antes de chegarmos em nosso apartamento e começar a chover.
  Sorri com a lembrança antes de ele me oferecer sua mão como microfone para eu cantar o refrão com ele novamente.
  Oh, where oh where can my baby be?
  The Lord took her away from me
  She's gone to heaven, so I got to be good
  So I can see my baby when I leave this world.
  Oh, oh
  Enfim, a música terminou quando estávamos chegando em nosso prédio e ainda faltava terminarmos as batatas e o milkshake.

  - Então é isso. Até mais, baby- estávamos quase em meu andar e eu tomava meu milkshake que já estava totalmente líquido.
  - Que pena que você não vai nem querer saber o que eu posso fazer com esse milkshake- lambi levemente o canudo e Jeremy ficou sem expressão.
  - Meu apartamento ou o seu?- dei risada.
  - O meu está mais perto- respondi enquanto a porta do elevador se abria.

Eu acho que amo você Onde histórias criam vida. Descubra agora