Tudo que eu pude te dar. [F.W] (CONCLUÍDA)

[17]

                                Finn

Acordei de manhã com alguém me encarando.

- Você me deu um susto. - Disse, me virando para o outro lado.

- Não sabia que era tão feia assim de manhã. - Zoey mordeu o lábio e olhou para o chão.

Não pude deixar de dar uma risada.

- Estava brincando, amor. - Ela arregalou os olhos. - O que foi? - Perguntei.

- Você nunca me chamou de amor antes. Isso quer dizer que estamos...

- Namorando? - Completei.

Ela assentiu e desviou o olhar.

- Eu não sei, Zoey. - Me virei de frente para o teto e pus as mãos na barriga. - Você gostaria que isso acontecesse?

- Eu sinceramente estou bem confusa em relação a isso, Finn. Um lado meu quer MUITO namorar com você, mas o outro acha que é melhor esperarmos mais um tempo até ter certeza que é realmente isso que nós queremos. - Eu assenti e voltei a olhar para o teto.

- Você me ama? - Eu perguntei, a fazendo olhar para mim. - Por que eu te amo.

Ela por um tempo ficou sem saber o que fazer e me olhava confusa.

- E-eu... não sei. - Aquelas 3 palavras foram o suficiente para me destruir por inteiro.

- Como não sabe? - Perguntei atônito e ao mesmo tempo irritado.

- Eu só... Não sei. - Zoey respirou fundo e voltou a encarar o chão como se tivesse algo extraordinário ali.

- Então... Me procure quando tiver certeza. - Me levantei e calcei meus sapatos. - Por que eu não quero ficar com uma pessoa que não sabe se me ama ou não. Eu sou intenso, Zoey. Não fui feito para amores fracos e muito menos para "incertezas". Então volto a repetir: Me procure quando tiver certeza. - Dito isso, sai apressado de seu quarto e desci correndo as escadas.
Atrás de mim pude ouvir Zoey gritando meu nome, mas quando ela tinha saído do quarto eu já estava na rua.

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                              Zoey

- ESPERA. - Calcei meus chinelos e sai correndo do quarto. - FINN ESPERA POR FAVOR. - Supliquei enquanto descia as escadas. - Merda! - Praguejei quando sai de casa e vi Finn virar a esquina. - Merda, merda, merda! - Entrei em casa e bati a porta com raiva.

Eu não acredito nisso, não posso acreditar que ele fez isso comigo! Como alguém pode ser tão infantil assim? Era só ele esperar um pouco ! Qual é a dificuldade nisso? Tudo tem seu tempo e eu estou apenas confusa, ele deveria ter entendido. Mas nãão, ele tinha que fazer um showzinho. Se me amasse mesmo, ele teria aceitado e iria esperar até eu ter certeza dos meus sentimentos.

Com a cabeça doendo de tanta raiva, eu subi as escadas e fui direto para o banheiro tomar um banho quente.
Decidi que iria na casa de Mharissa, precisava me distrair um pouco.

- QUEM ÉÉÉÉÉ? - Ouvi a voz de Mharissa ecoar de dentro da casa.

- ZOEY! - Gritei do lado de fora e esperei ela abrir a porta, o que não aconteceu.
Toquei a campainha de novo.

- ESPERA CACETE! TÁ COM PRESSA VAI DE UBER, TO DESCENDO. - Ri internamente.
Eu tinha tanta sorte de ter Mharissa como amiga. - Que que você quer? - Ela perguntou assim que abriu a porta da casa.

- Também senti sua falta, amiga. - Disse irônica. - Posso entrar?

- Claro que pode mulher, entra aí. - Ela fechou a porta e foi comigo até seu quarto.