Os primeiros passos desse casal foi a descoberta de serem vizinhos.
Onde uma família tem problemas e, a outra tem soluções.
Portugal parece um belo lugar para um romance e isso foi comprovado.
Finalmente sábado, finalmente final de semana. Finamente um dia sem ver Jimin. Estava tentando evitar ele ao máximo, sinto que sempre serei a "amiga" dele.
Estou na minha cama, relaxando, sonhando com os bias. Até que alguém inventa de me ligar. Poxa são 13:00 da tarde. Quem acorda 13:00 da tarde, em pleno SÁBADO?
Vejo que é um número desconhecido. Atendo ou não atendo? Quer saber, vou atender sim.
Chamada:
-Olá.
-Oi, quem é?
-Vai me dizer que não lembra de mim? -Se eu tô perguntando deve ser que não.
-Não. -Fui seca.
-Continua do mesmo jeito. Olá senhorita Isabella Martins, sou seu caro amigo Na Jae Min. -Oh não acredito! Jae era meu melhor amigo desda 5° série.
-MEU DEUS, NÃO CREIO. -Dei um pulo da cama.
-Não precisa gritar, estou aqui em Lisboa. Voltei minha marrentinha. Quero ver você.
-Como assim? Já chegou do Brasil? Não me falou nada. Tô de mal.
-Haha para né Isah. Perdi meu número antigo, tive que comprar outro. Salva esse aí.
-Ok senhor dos lacres. E os meninos?
-Qual dos 17? Fazer intercâmbio da nisso. Conheci muitas pessoas. Amei a viagem, amei o Brasil. Quero te levar lá um dia.
-Fico lisongiada pelo convite. O Mark também está em Lisboa? Vocês vão morar aqui?
-Calma... Uma pergunta de cada vez. Sim, ele também vai morar aqui de novo; e sim eu vou morar em Lisboa.
-Oh! A Vick e a Lara também estão aqui.
-Que ótimanotícia.
A conversa durou horas e horas.
-Vamos nos ver ok? Depois lhe mando mensagem. Até às 19:00.
-Até e beijos.
Chamada off.
O Jae Min e o Mark são grandes amigos. Eles inventaram de fazer um intercâmbio no Brasil.
Jae Min conheceu mais 16 amigos nessa jornada, um mais lindo que o outro. Embora até hoje não consigo distinguir bem eles. Todos coreanos.
Daqui a pouco eu vou no mercado e todo mundo vai estar falando japonês, chinês e coreano. Vou passar em frente à um bar e o povo vai estar ouvido big bang e tomando soju. Asiático está dominando Lisboa.
Não é atoa que minha alma pertence a Coréia do Sul.
(...)
Coloquei uma saia preta colada, uma blusa de manga cumprida branca e uma sapatilha bege. Deixei os cabelos soltos. Passei um pó, rímel e um batom coral.
Eu e Jae íamos ao cinema ver "a culpa é das estrelas" meu filme preferido, e se o filme, já é bom imagina o livro.
Passei meu endereço pra ele, o abestado tinha esquecido onde era minha casa. Mas afinal, 3 anos longe de Lisboa da nisso.
Ele morava no mesmo lugar, sua mãe conhece a minha e às duas se dão muito bem.
-Tchau mãe, o Jae está lá fora. Beijos. -Ela ficou feliz em saber que ele estava de volta.
-Se cuida.
Sai de casa e lá estava ele, com uma camisa gola u cinza, calças rasgadas e um tênis branco. Muito lindo por sinal.
-Que bom te ver! -Abracei ele.
-Ta bom, já pode soltar. -Aquele sorriso de sempre.
-Senti saudades senhor Jae.
-Também senti sua falta dona Isabella, vamos? -Ele era dois anos mais velho que eu, ou seja, tinha 18 anos e dirigia.
-Claro. Aliás, belo carro. -Ele abriu a porta pra mim.
-Ah é do meu pai. A propósito, você está linda.
Agradeci e fomos ao cinema.
(...)
"Chegará uma época em que não restarão seres humanos para recordar que alguém sequer existiu ou que a nossa espécie alguma vez fez alguma coisa. Não sobrará ninguém nem para recordar Aristóteles ou Cleópatra, quanto mais a ti." -Dizia Hazel Grace.
(...)
O filme foi ótimo, não importa se é a vigésima vez que vejo ele. Sempre será uma primeira vez pra mim.
Jae me deixou em casa às 21:00 horas, minha mãe estava vendo televisão de pijama.
-Oi mãe.
-Oi filha, como foi? -Ela estava comendo um pote de sorvete.
-Ah Jae sempre é legal, ele disse que sua faculdade é perto do meu colégio. Ou seja, vou ver ele sempre. -Ela me olhou com uma cara de felicidade.
-Que ótimo, depois vou visitar a mãe dele. -Assenti e subi para meu quarto.
O dia foi bom, reencontrar amigos antigos é sempre interessante.
