O frio da tua paixão

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Nessa noite fria
Meus olhos chovem
E quem diria,
Que um deserdeiro assim, me comove.

No frio que me transcede,
Gelado sangue corre fervente,
Tua praga, persegue-me:
Por ti ser louca, por ti ser demente.

Queria eu
Estar alucinada,
Que a temperatura
Tivesse dado-me essa loucura
E não o teu jeito
Que tivesse tirado minha sanidade,
Tivesse revirado minhas verdades.

Almejava meu coração
Ser gelado como essas horas
E não ser ferventado
Pelo sol do teu sorriso, minha paixão.

Meu redor gélido,
Meu anseio em chamas,
Nem de perto,
Queria ser à quem tu iludirás,
Com fogo consumirás,
E logo, gelada me deixarás.

[Amar-te é loucura,
É ser dia na noite,
Mas quem disse que sigo regras,
Eu sou loucura.]

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