Inocência

184 68 30
                                    

Inocência de criança,
Encobre tirania alheia,
Assim como o vento balança,
É sobre incredulidade a maldade que rodeia.

Doçura redundante,
Desses olhos piedosos,
Não crê que seja relevante,
E também numerosos, a inamabilidade de seres rancorosos.

De tantos escorre rancor,
De muitos transborda o dissabor,
Culpar à quem diversas tiranias?
Se vossos olhos não assimilam tais desalegorias.

Se açúcar  corre da tua boca,
E veneno de outra boca jorra,
Quem será a boa, a má e a louca?

Quem ainda há de acreditar,
Que esses olhos resguardam inocência?
Se nessa dimensão o que há de perpetuar,
Era, apenas indolência.

As árvores balançam lá fora,
As folhas ainda caem no chão,
O azul ainda borra a aurora,
A luz transmite clarão.
[Enquanto isto viver,
A inocência deve prevalecer]

Diversifique-seOnde histórias criam vida. Descubra agora