Desconhecido

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No fulgor do mistério de uma noite,
Numa luz, escondida do restante
Tão perto ficou um medo tão distante
E cobriu-se o receio em acoite.

Explosões e temporais ferveram,
Remexeram um ego amedontrado,
Um ventaval muito desconcertado,
Os amores de mim, esqueceram.

Um olhar fatal e de tão letal
Por quase não matou a remetente,
Tão confusa e já muito descontente,
Nada mais dali pareceu normal.

De tão conhecido, desconhecido,
Meu mundo ficou totalmente estranho,
Aqueles alheios olhos castanhos,
Já não eram mais os meus preferidos.

Ocorreu naquele maldito instante:
Meus olhos perdidos te estranharam,
Nossos mundos não mais encaixaram,
Inconstante,agora cruel constante.

E foi ai que te DESCONHECI, esqueci
Que o amor é uma inconstante sem fim.

*versos decassílabos

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