Poesia morta

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De quê me vale essa vida?
Vale-me menos que nada,
Rimas abandonaram-me,
Versos malditos tornaram-se.

De quê me vale essa vida,
Se é o abismo que me consome,
Como poder querer que eu some?

De quê me vale essa vida?
Se a inspiração fugiu,
Se a disposição dissipou-se,
Se a poética sumiu?

De quê me vale essa vida?
Vale-me menos que nada,
Se até a poesia abandonou-me,
O que sobrou-me?

Enfim, a poesia morreu,
Ou foi eu que morri?
Tanto faz,
É tudo igual na morte,
Só muda é a sorte.

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