Beijo da morte

38 28 16
                                    

Olhar-te-ei com desprezo e desejo,
Os mesmos de sempre, ou mais intensos,
Com desdenho, causas-me um lampejo:
Possuir-te nos momentos tensos.

O abraço é mortífero laço
E enlaçará fulgaz corpos nossos,
Será pra tal fim um novo passo,
Antes de virarmos somente ossos.

Sorrisos aí escorrem mel,
Não entendo porque o teu é traição,
Talvez sejas o inferno no céu.

Estamos soltos à nossa sorte,
Morrerás com veneno  paixão,
E em fim, darei-te o beijo da morte.

*soneto petrarquiano eneassílabo

Diversifique-seOnde histórias criam vida. Descubra agora