Caneca de veneno

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A morte está líquida,
À minha espera,
Em uma misteriosa caneca.

Seu líquido aquoso,
Disfarçado no recepiente,
Trazia-me martirizantes memórias,
Todas sem glórias.

Que veneno contém?
Além do meu desdém,
Substâncias não tão benéficas assim,
Caminhos que levam ao fim.

A caneca me seduzia,
Apesar do gosto amargo da morte,
É doce perder a sobriedade,
Quando o que resta é tolas
Cobranças,
Sem abonâncias.

Já perdi a lucidez,
Escrevo inquieta
Sem controle do corpo,
Mente,
Minha vida,
Resultado: Não sente.

É só esperar,
O fim não tardará,
E os desgostos virarão pó,
E isso é só.

⁉⁉⁉⁉⁉⁉⁉⁉⁉

16/05/18

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