Relaxe

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I

Eu não relaxei no teu timbre doce,
Antes fosse amargo tom de verdade,
Não relaxei nesse luxo agridoce,
Antes fosse simples intensidade.

Talvez relaxo no toque da pele,
Talvez na loucura da sanidade,
Talvez relaxo mesmo que eu duele,
Talvez seja melhor ser vil verdade.

Com certeza relaxarei no mar,
Onde eu possa enfim amar com meu ódio,
Com certeza relaxarei ficar.

Permanecer com liberdade em pódio,
Extravasse, liberte-se, relaxe,
Viva todos prazeres sem impasses.

II

Terapia é que necessitamos,
Despir-se até da alma, tragar o intenso,
Na obscuridade nos purificamos,
Agitar a calma, loucura penso.

Nua, transcendental e transparente,
Despida dos males, luz livramento,
Fulgor e fervor, quase frio quente,
Dentro de mim quero amor barulhento.

Mergulho no barulho, luz escura,
Livre de um entulho, brilho profano,
Afogar um orgulho, ser mui pura.

Dissabores intensos no passado,
Euforia no presente e futuro,
Relaxar e elevar-se, ser amado.

*Soneto duplo italiano decassílabo.

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P.s: Vocês devem ter notado que ultimamente eu ando usando a mesma foto nos capítulos, isso se deve ao fato que padronizei meus sonetos, ou seja, todos sonetos terão essa imagem.
Obrigada pela atenção, beijooos

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