Culpa

31 20 9
                                    

Somos culpados do que não fizemos,
Salvando condenados inocentes,
Valseando vil em meio às gentes,
Pela culpa, rogai, contradizemos.

À espera da prisão, penitência,
Vinte e duas portas à escolher,
É destino que faz prevalecer,
Que a pena possua alguma clemência.

Ó sol negro, ó lua de fulgor,
Representem-me nesse julgamento,
Unam opostos para o livramento.

Se aflingir, diga que foi por amor,
Que minha culpa seja devorada,
E que os anjos não tropecem na estrada.

[Amém]


*soneto decassílabo

Diversifique-seOnde histórias criam vida. Descubra agora