Capitulo IV: Revelações

61 9 1
                                    

Obs.: para entender melhor releia o capitulo XIV: arranjo desfeito do livro 1.

Estava ajudando Morgan quando só de escutar aquela voz tive arrepios. Segui em direção aos gritos que vinham em direção ao escritório, parei diante da porta e não resisti ao impulso de escutar, apesar que toda a casa poderia ouvir.

— O que quer aqui seu patife, não lhe darei nada. — Watson gritava com fúria.

— Sabe que me deves, tudo o que é seu pertence a mim, sabe que é verdade.

— Não distorça a realidade, me lembro muito bem do que aconteceu Franklin.

— Eu lembro de ter roubado tudo o que é meu.

— Não me culpe pelos seus erros, não mereceu o título.

— Roubaste o coração de meu pai e meu título.

— Seu pai sabia que não era digno de receber o título. — ele falou mais calmo.

— Isso não és verdade. — esbravejou, o que me fez assustar. — Eu preciso de dinheiro.

— Em que andou se metendo?

— Não é da sua conta.

— Ainda não me esqueci o que fez com a senhorita Cárter.

— Pelo menos isso não conseguiu, dói, não é? Ver a pessoa que ama escolher outro?

— Apenas quis a felicidade dela.

— Sei, ao menos eu tive atitude de tê-la para mim, teria conseguido se não tivesse atrapalhado.

— SAIA DA MINHA CASA AGORA SEU PATIFE.

— A verdade lhe machuca primo querido? Saiba que um dia alguém ira lhe tirar tudo, assim como fizeste comigo.

— Saia da minha casa, não lhe devo nada.

— Deve tudo, seu título, essa casa, o amor de meu pai.

— Seu pai lhe amava, isso lhe garanto, mas ele não era idiota e sabia que tipo de homem iria se tornar e ele estava acerto.

— Não estreia se não desse o que é meu para ti.

— Não seja injusto teve sua parte, mas a perdeu em menos de um ano.

— Aquela esmola? Não dá para sobreviver com aquilo.

— Muitos conseguem com bem menos.

— Eles não são eu.

— Tem razão, são bem melhores.

— Isso não irá ficar assim, irei me vingar.

— Não fale tolices e chega de fazer bobagens.

— Não perde por esperar. Ou me dá o que é meu por direito ou irei tirar algo valiosos de tuas mãos.

— Saía imediatamente da Minha residência ou terei que relatar essa invasão as autoridades.

— Até mais primo querido.

Assim que percebi que a porta iria se abrir entrei no cômodo ao lado, consequentemente o quarto do lorde. Esperei um pouco e senti a maçaneta girar, fiquei assustada não deveria estar ali, tinha quebrados duas regras seguidas, não escutar a conversa atrás da porta e entrar no quarto de Watson sem autorização. Escondi-me de baixo da cama. Watson entrou e o senti bufar de raiva, encolhi todo o meu corpo de medo.

— Senhorita... — senti meu coração parar, assim como todo o resto. — Evans o que faz debaixo da minha cama?

Sai devagar com o rosto vermelho de pura vergonha e medo.

Segredos e Paixões (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora