Capitulo XXIII: Nascimento

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Scarlett:

Durante os nove meses que se seguiram senti meu corpo mudar, minha barriga aumentava cada vez mais e era até espantoso seu tamanho, eu tinha desejos estranhos e meu humor piorava. Franklin não era mais o mesmo me tratava com irritação, no fundo senti que só estava comigo pelas minhas joias, assim que elas foram se esgotando e não pude mais me deitar com ele mudou, eu era só um objeto, ele às vezes fingia se importar. Porém eu ainda o amava muito e sustei a ilusão que pudesse mudar com o filho nascendo. Quanto ao meu filho passei a amar cada vez mais, era tudo que eu tinha e prometi a mim mesma fazer de tudo para o bem dele.

Certa tarde me senti muito mal, uma mulher da cidadezinha que já havia realizado alguns partos ficou cuidando de mim em todos os momentos mais difíceis, é claro que tive que pagar. O momento mais difícil estava chegando, sentia cada vez mais dor. Ela preparava tudo com rapidez.

Quando o momento chegou senti que iria morrer, ela dizia par eu ficar calma e ser forte, mas tudo o que queria era bater nela toda vez que dizia isso. A criança saiu e ouvi seu choro por alguns segundos antes de desmaiar.

Quando acordei eu já estava limpa e Franklin estava ao meu lado me fazendo companhia.

— Como ele está? — perguntei sobre meu filho.

— É uma menina e está tudo bem com sua criança. — seu semblante era de raiva.

— Nossa filha. — disse irritada.

A mulher entregou-me a menina, ela era linda, eu sorri para ela e ela parecia sorrir de volta.

— Bem vida ao mundo minha pequena Kimberly.

Fiquei com ela por alguns minutos antes de entregá-la a mulher para eu poder me alimentar, fiquei muito tempo sem me alimentar e precisava repor minhas energias

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Fiquei com ela por alguns minutos antes de entregá-la a mulher para eu poder me alimentar, fiquei muito tempo sem me alimentar e precisava repor minhas energias. Comi uma sopa reforçada e voltei a dormir.

Eu permaneci em repouso por um tempo e assim que a mulher me autorizou a levantar ela me ensinava como cuidar da minha filha. Quando fui trocar a roupa da menina levei um susto com o pequeno sinal que ela tinha nas costas, só um deles tinha aquele sinal nas costas, soube na hora de quem ela era realmente filha.

Os primeiros dias foram terríveis, ela dormia e chorava, era de enlouquecer, mas tê-la compensava tudo o que eu estava passando. Franklin ficava cada vez mais irritado com a menina, não queria vê-la chorar, mas era impossível.

Três meses se passaram e tudo só foi piorando, Kimberly exigia muito de mim e de meu tempo e ficava cada vez mais difícil cuidar dela, já Franklin me irritava cada vez mais, estava cada dia mais indiferente e me arrependia amargamente da minha decisão, aquele não era o homem por quem me apaixonei.

A gota d'água para mim foi o tapa que deu em meu rosto após a menina chorar mais uma vez de fome, ele bateu a porta e saiu e quando retornou estava bêbado e ainda mais nervoso. Peguei minha filha e implorei para a mulher quem ajudou no nascimento dela me acolhesse, foi difícil, mas consegui.

Segredos e Paixões (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora