Capitulo X: Confusão

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Ficamos todos encarregados de organizar tudo para a volta dos dois. Foi extremante difícil para mim arrumar o quarto dela e arrumar as coisas dela, senti a raiva e consumir, decidi inventar a desculpa que estava indisposta e deixei Ava, Freya e Morgan responsável pela tarefas, a todo momento batiam na porta de meu quarto perguntando o que deveriam fazer, quase me estressei, estava no meu limite.

Sai e fui até os fundos da casa e encostei em minha amiga árvore e comecei a escrever uma quarta para minha irmã, eu tinha visto ela a pouco no casamento, porém teve que voltar logo. Acabei escrevendo tudo que estava preso dentro de mim, por fim a carta se tornou uma singela declaração de amor e terminou como uma folha amassada pela raiva que sentia. Eu sempre quis a felicidade dele, mas ele tinha que busca-la ao lado dela?

Fiquei encostada na árvore a tarde toda penando e observando a paisagem com uma melhor percepção.

Acabou sendo assim todos os dias, de manhã fica na casa e quando me estressava saia e encostada na árvore e lá ficava a tarde toda.

Era tarde quando a carruagem parou em frente da casa e lorde Watson desceu logo em seguida ajudou Scarlett a descer da carruagem, ela estava linda e ele parecia admira-la. Ele ofereceu o braço a ela e logo aceitou e entraram assim juntos na casa.

— Boa tarde lorde Watson, lady Watson. Bem-vindo de volta.

— Boa tarde srta. Evans. Como foi em minha ausência?

— Tudo como planejado senhor. O quarto de lady Watson está pronto como foi ordenado.

— Obrigado senhorita. Acompanhe Scarlett até os aposentos dela por favor.

— Claro senhor. Queira-me acompanhar madame. — ela me seguiu até o segundo andar onde ficava o quarto dela ao lado do escritório.

Ela adentrou o quarto e observou todos os detalhes minuciosamente e pareceu aprovar.

— Fique à vontade senhora, qualquer coisa que precisar estarei à disposição.

— Obrigada.

— Precisa de alguma coisa nesse momento? Aceitaria um chá quente? — ofereci por ser minha obrigação e não por simpatia.

— Aceito o chá, obrigada.

— Licença, irei prepara-lo.

Sai rumo a cozinha e pedi a Morgan que preparasse e servisse o chá. Fui até o escritório e bati na porta, ele respondeu e entrei meio sem jeito.

— Queria saber se precisa de algo.

— Não obrigado. Como foi em minha ausência, teve algum problema?

— Problema algum.

— Ótimo. Está tudo bem?

— Claro senhor, por que não estaria?

— Estou sentindo que está muito aborrecida ultimamente.

— Não senhor, estou perfeitamente bem.

— Se precisar de algo fale por favor. Sei que é tudo novo, mas estou à disposição para lhe ajudar no que for preciso.

— Obrigada. Se me der licença vou voltar a meus afazeres.

— Toda.

— Deseja algo senhor, se desejar posso trazer um chá.

— Não carece.

Voltei apressada em direção ao meu quarto, fechei a porta e me joguei na cadeira olhando minha árvore, como sempre. Lutei par não derramar uma lagrima, mas não foi possível. Era doloroso ver o homem que amo casado com outra, senti ódio toda vez que a via, ainda não confiava nela e duvidava que isso fosse mudar. Estava mais uma vez sozinha.

Segredos e Paixões (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora