Capitulo XV: Paixão

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Scarlett:

Encontrei com ele na cidade, discretamente decidimos nos encontrar e conversar. Fui várias vezes na cidade para nós comunicar as escondidas. Tive uma discussão com ele, eu tinha confiado nele e ele me fez casar com Watson e tive que dormir com ele mesmo sem querer.

Ele foi ao meu encontro no meio da noite, jogou uma pedra na minha janela e o ajudei a subir. Deu-me um daqueles beijos apaixonantes e me implorou por perdão, não tive como não perdoar.

Passamos a noite toda entre um beijo e outro. Sem querer passou ser assim todos os dias, eu o ajudava a entrar na casa pela porta dos fundos e tomava o maior cuidado para que ninguém se quer desconfiasse.

— Eu te amo Scarlett.

— Eu também te amo, mas não posso continuar com isso, não podemos mais nos vir.

— Eu não posso-te perder, estou sendo sincero.

— Eu também não quero, mas é preciso.

— Não faça isso comigo meu doce.

Ele me abraçou apertado e me beijou de forma lenta. Foi me beijando até eu não conseguir respirar.

— Seja minha, somente essa noite e prometo nunca mais te procurar.

— Eu não posso estou traindo meu marido e meus valores.

— Já fez isso quando decidiu-me ajudar entrar em seu quarto e no seu coração.

— Isso não é certo.

— Seja minha somente por uma noite, eu lhe imploro, não posso viver sem ti. Prometo que a deixarei em paz.

— Uma noite.

Entreguei-me a ele com todo o meu coração e foi a noite mais mágica de minha vida. Não cumprimos a promessa, depois de três dias ele voltou a me procurar e o aceitei de braços abertos no meu quarto e na minha cama. Eu sabia que era errado, porém não poderia deixar de amar e eu o amava com todo o meu coração e isso me deixava cega e desesperada.

Eu estava condenada se alguém descobrisse, principalmente se Watson nunca iria me perdoar pelo que fiz.

As vezes ele vinha a noite, outros dias passava o dia todo no meu quarto. Tentava fazer o mínimo de barulho possível para não chamar a atenção, principalmente da senhorita Evans que gravava um olho em mim e me olhava com desconfiança.

Com relação a Watson, o evitava a todo custo, raramente passava a noite com ele. Muitas vezes pela vergonha do que estava fazendo, ele era um bom homem e não me merecia, eu queria a felicidade dele, mas queria a minha primeiro e o encontrei ao lado de outro e estava perdidamente apaixonada por ele.

Comecei a me sentir enjoada com algumas coisas que comia e numa tarde passei mal. Watson me levou até o quarto e por sorte ele não estava no quarto, tinha saído a pouco tempo. O médico foi chamado e resultado me apavorou, eu estava gravida e o pior e que eu não queria aquilo e nem sabia de quem. Havia dormido com os dois. Watson pareceu radiante com a notícia, como se aquilo filho fosse salva-o da tristeza.

Quando ele apareceu a noite corri para seus braços e o abracei forte Já rompendo as lágrimas.

— O que aconteceu meu doce?

— Estou grávida.

— O quê? — ele estava perplexo com a notícia. — De quem?

— Provavelmente é seu, dormir poucas vezes com meu marido.

— Não sei o que dizer.

— Estou apavorada, não queria isso.

— Eu sei, mas darei um jeito.

— Temos que fugir, não há outro jeito.

— Eu sei, mas não temos para onde ir.

— Use seus aliados, ainda é influente.

— Todos me odeiam meu doce.

— Eu espero mais um pouco, mas não posso viver assim a vida toda.

— Darei um jeito.

Ficamos abraçados inertes em nossos pensamentos, ele beijou minha testa e se foi partindo na escuridão da noite. Chorei em silêncio sem saber o que seria de mim e de meu futuro.

Segredos e Paixões (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora