Capitulo XXI: Perdão

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Lucy:

Ele me tratou com frieza e indiferença, no fundo compreendia sua dor, eu também agiria assim se tivesse sido magoada. Fui para o meu quarto e esperei ser chamada, tentava esconder as lágrimas ao máximo. Assim foi todo o trajeto ate a casa de um irmão, durante todo o caminho relembrei os momentos que passamos juntos, desde da primeira vez que o vi naquele baile com Isa, todas as vezes que quis que eles ficassem juntos pois desejava para o que eu jamais poderia ter, lembrei do momento que me convidou para ser sua governanta e eu esperançosa e sonhadora aceitei, lembrei do momento em que cheguei a sua casa e todos os momentos que passamos juntos, os nossos encontros noturnos, nossos quase beijos, a chegada de Scarlett e o beijo, essas ultimas romperam minhas barreiras desmoronei, não podia perder o amor da minha vida daquela maneira. Nunca mais ele confiaria em mim, não iriamos mais conversar e nuca mais veria seu discreto sorriso outra vez. Quando a carruagem parou não aguentei seria minha única chance dele entender o que tinha acontecido.

— Me perdoa, não fiz por mal, tive medo de te perder. — meu coração se partiu com a declaração desesperada. — Eu te amo. — peguei minhas coisas e saiu as pressas pela vergonha. Ele permaneceu parado, sem reação.

Parei diante da grande porta e tentei me acalmar. Bati na porta e logo uma criada me atendeu, ela deixou entrar sabendo de quem eu era, sentei no canapé da sala e esperei por meu irmão. Assim que apareceu me perguntou aflito o que tinha acontecido e contei tudo a ele, ele pareceu preocupado e questionou a minha atitude e a dele. Apesar de minha insistência de que não era necessário disse que iria conversar com o lorde pessoalmente. Tranquei me no quarto, nem sequer tinha acompanhado meu sobrinho, Eleonora e o filho estavam na casa dos avós, a mãe de Eleonora estava doente em seus últimos dias e a filha foi se despedir e levou o neto que não teria uma avo viva.

canapé estilo vitoriano: 

Deitei na cama e por lá fiquei remoendo minhas dores

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Deitei na cama e por lá fiquei remoendo minhas dores. Assim foi toda a semana, sai apenas para comer. Declarei que iria voltar para casa de minha irmã, seria melhor para mim ficar longe e nunca mais vê-lo. A dor me consumia aos poucos.

Meu irmão não sabia ao certo, talvez foi falar com Watson ou foi ver a esposa o foi tratar de negócios.

Watson:

Recebi uma inesperada visita, lorde Elliott pessoalmente veio interceder pela irmã.

— Serei direto minha irmã está sofrendo muito e venho reparar isso.

— Sua irmã me fez sofrer também.

— Não era intenção dela.

— Ela traiu minha boa vontade e gentileza.

— Não era assim Watson, desde de que conheço foi um homem de bom coração, sempre preocupado com os outros, principalmente com minha família, agora está se consumindo pela traição, está se tornando seu pior inimigo, está parecido com seu primo, só pensa na traição que fora cometida e não duvido que começa a pensar em se vingar, como de certa forma já está fazendo.

Segredos e Paixões (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora