Cap. 15

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din din din din din to solteiro pode dar em cima de mim 

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 Under The Sheets – Capítulo 15

Jaeden

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É, ela morreu. Minha mãe morreu. E não, não é fácil para mim dizer isso, e muito menos aceitar, mas depois de pensar um pouco debaixo da água do chuveiro caindo sobre a minha cabeça, não haviam mais motivos para me remoer por uma coisa que aconteceria mais cedo ou mais tarde. Foi difícil presenciar o enterro dela sem chorar. Foi muito difícil. Mas eu tive muito apoio, tanto dos meus amigos quanto de parentes distantes que nem eu mesmo conhecia. São nesses momentos que a gente conhece quem realmente está ao nosso lado, e quem só fica com você quando tudo está aparentemente as ''mil maravilhas''.

Eu venho ignorando meu pai desde o dia em que minha mãe morreu, a exatamente um mês atrás, e venho me surpreendendo com os meus resultados. Ele sempre anda cabisbaixo, de um lado para o outro, mas nunca vem falar comigo, e nem ao menos tira satisfações dos dias em que eu chego mais tarde em casa. Eu estou por conta própria aqui, e não ligo para isso. Para falar a verdade, vem sendo ótimo me sentir mais livre por aqui.

Nas primeiras semanas, Finn, Jack e Wyatt dormiram e ficaram na minha casa praticamente 24 horas por dia todos os dias. Isso me impressiona, levando em consideração que Jack e Wyatt também têm suas famílias, ou não tem e eu fui muito lerdo até agora para perceber isso.

Nossa escola entrou em recesso a algumas semanas atrás, e Jack e Wyatt viajaram, fazendo com que eu passasse meus preciosos 30 dias na ''agradável'' companhia de Finn e seu videogame. Wyatt me mandou mensagem mais cedo e já me falou que volta hoje a noite e quer me visitar. Já Jack.... ele não desgrudou de mim desde que tirou o pé da minha casa. São milhares de mensagens de 10 em 10 minutos, e eu não posso nem ao menos reclamar. Ele vem sendo a única pessoa com quem eu converso frequentemente – sim, é o Jack. Quando eu digo '''agradável'' companhia de Finn e seu videogame'', eu quero dizer que ele simplesmente me trocou pelo seu eletrônico –.

E falando em Finn, seu comportamento durante os dias vem sendo, sim, bastante curioso. Ele não larga seu videogame, e isso é um fato, mas ele não se separa do celular nem por um minuto, e nos únicos momentos em que ele deixa o celular carregando, ele deixa longe de mim e desligado – na minha última tentativa de bisbilhotar o celular dele, estava com senha –. Enfim, eu não perguntei o porquê de ele estar assim ultimamente, e não é agora que vou perguntar. Eu não daria esse gostinho a ele. Com certeza ele deve saber que eu estou curioso.

- Jaeden – ele abre a porta do quarto.

- E falando no diabo – sussurro.

- O que disse?

- Nada. O que foi?

- Eu vou sair. Tenho que resolver algumas coisas de escola. Tudo bem por você?

- Claro! Por que não estaria? – tento sorrir da maneira mais convincente possível, e, acredite ou não, deu certo. Eu tenho uma notória habilidade para mentiras.

Finn sorri em resposta e pega um casaco que deixa em cima da escrivaninha do quarto.

Depois de ouvir o bater da porta da sala eu coloco rapidamente meu all-star preto, sem nem me dar ao trabalho de por as meias, e corro atrás de Finn no mesmo instante. Desço as escadas, pego meu moletom vermelho que estava em cima do sofá e saio de casa, trancando a porta.

Consigo ver, bem de longe, Finn virando a esquina de uns dois quarteirões a minha frente, e corro atrás dele. Depois de alcança-lo eu tento ao máximo me esconder atrás de árvores, arbustos ou postes. Admito que é meio difícil realizar essa tarefa com Finn virando para trás a todo momento, mas eu consigo mesmo assim.

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