Under The Sheet

Cap. 17

Under The Sheet – Jyatt

Jaeden

Acabo de secar minhas mãos em algumas toalhas de papel do banheiro, mas recuo alguns passos antes de sair do banheiro. Consegui ouvir de longe alguns gritos, e com certeza eram do refeitório, não tinha como os sons virem de outro lugar já que todos os alunos estavam no intervalo agora.

Eu sempre tive essa coisa de ''mal pressentimento'', e acredite, isso pode nos enganar muito as vezes. Talvez também estivesse me enganando agora...

Saio do banheiro e me escondo agachado atrás de um bebedouro do corredor.

- Vasculhem cada canto dessa escola. A gente não sai daqui sem o Jackson, nem que eu tenha que matar cada um dos pirralhos – ouço uma voz masculina vindo da minha frente.

Volto para o banheiro muito devagar e me escondo na última cabine. Meu celular vibra.

Wyatt: Jaeden, invadiram a escola. Uns caras estão atrás do diretor Jackson e fizeram todo mundo do refeitório de refém. Eles não estão de brincadeira. Seja onde você estiver, você tem que se esconder em algum lugar seguro o mais rápido possível, e em nenhuma hipótese que pode se passar pela sua grande e idiota cabeça, saia da escola. Estamos cercados por rifles apontados pra cá. – 3:34 P.M.

Wyatt: Eles provavelmente vão confiscar todos os celulares, então eu acho que não vou mais poder te responder. Não me mande mais mensagens, Jaeden, só me responda quando eu te chamar. – 3:34 P.M.

Droga, eu sabia que tinha alguma coisa errada, mas esse não é o problema agora, eu preciso arranjar alguma forma de sair daqui... sem morrer, de preferência.

A janela do banheiro é grande o suficiente para sair daqui, mas dá direto para o pátio. Eu seria morto na mesma hora. Eu poderia sair correndo pela porta do banheiro e me esconder na sala de vassouras, mas também correria o risco de levar um tiro de sei lá quantas pessoas.

- Pensa, Jaeden, pensa... você nunca tem ideias boas quando precisa. Dessa vez sua vida depende disso.

- Vasculhem tudo – o barulho da porta se chocando com a parede é muito estridente. Eles estão aqui.

- Merda, merda, merda... – sussurro.

Subo em cima do vaso sanitário e tento não deixar minha cabeça à mostra por cima da cabine.

O cara estava chegando cada vez mais perto. Abrindo cabine por cabine. Uma hora ele ia achar abrir a minha.

- Nada aqui e nada aqui. Só falta essa.

Ver a porta se abrindo vagarosamente foi uma das cenas mais aterrorizante que eu já vi na minha vida, e provavelmente vai ser a última.

- Jonathan! – a voz de uma mulher ecoa por todo o banheiro e eu sussurro de alívio. Foi por um triz. – Parece que achamos o esconderijo do Jackson. É em um dos outros porões subterrâneos da escola. Se chegarmos lá antes da polícia podemos pegar o dinheiro e fugir sem ter que sujar as mãos.

- Ótimo, Bettany.

Meu celular vibra novamente e eu penso em colocar a mão no bolso para pegá-lo. Parece que estão saindo do banheiro agora. Acho que já dá para colocar o pé no chão.

Plec!

Um pequeno desequilíbrio fez com que meu celular caísse de tela no chão.

- Droga! – sussurro novamente, pegando o celular do chão o mais rápido possível. – Eu não acredito que a tela rachou, eu nem terminei de pagar ainda.