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Depois de ver o filme de Benjamin Button decidi ver " Comer, Orar e Amar" , este é um filme que sempre adorara ver, não sei porquê mas gosto. Amelia continuava os seus desenhos que para mim eram indecifráveis mas para ela tinham início, meio e fim. Ela continuava a desenhar a história que eu lhe contara, mas não entendia porquê parecia que ela teimava a bater sempre na mesma tecla.

- Porque continuas a desenhar a História que a mana te contou?

- Não sei, sabes que mais se calhar um dias vais-te casar com um rapaz chamado Lucas, como o da história.

- Porquê?

- Não sei, apenas acho  - ela diz com o seu sotaque inglês

E nesse momento ouço a campainha, vou á janela com vista para a frente do prédio, confirmo que é a minha mãe e abro-lhe a porta.

- Amelia, vai buscar o casaco que  a mãe já está aí

- Oh! Eu não quero ir para casa, eu quero ficar aqui contigo  - ela diz triste

- Fazemos assim, portas-te bem e assim a mãe vai-te deixar vir cá mais vezes! - eu digo e ela sorriu

Pegou no casaco e foi ter com a mãe.

- Cuida-te miúda, se precisares de mim liga entendes-te eu estou só a uma viagem de carro

-Está bem mãe ... -eu digo, ela dá-me um beijo na testa e começa a descer as escadas acompanhada de Amelia.

Fecho a porta e viro-me para o início do interior da casa, estava sozinha, sem ninguém, o silêncio que pairava era incomodativo, mas não podia fazer nada era só eu, sem ninguém para conversar nesta longa noite de inverno. Olhei em volta, parecia que estava a ser observada mas isso era impossível, pois eu era a única ali. Fui para o sofá e deitei-me, tinha decidido dormir, o que passava na minha cabeça era a ideia de ter recusado ir jantar com a família de Luke, se tivesse aceitado pelo menos não estava sozinha, fechei os olhos.

- Skyller ... - acordei ouvindo meu nome num sussurro fraco, tentei voltar a dormir.

- Skyller ... - voltei a ouvir este sussurro fraco,  isto já me estava a assustar. Levantei-me e olhei em volta, ninguém, senti uma brisa fria no meu corpo que me faz arrepiar, sigo a mesma e chego ao meu quarto que por si tem a janela totalmente aberta, tanto que fazia os cortinados voar. Cheguei-me à minha vandarinha e uma coisa me chamou á atenção, as escadas de incêndio, nunca tinha reparado que os primeiros degraus estavam partidos. Voltei para dentro e fechei a janela.
Skyller une os pontos, tu ainda não percebeste?  Uma resposta óbvia : Ryan.
Não entendes? O teu nome, a janela, o primeiros degraus partidos para não poderes fugir como fizeste no passado... o jogo começou. Ele apanhou-te na melhor altura, estás sozinha, os teus amigos estão longe e enquanto á família? Ele sabe que tu não és capaz de os chamar.

O meu subconsciente tinha razão o jogo tinha começado e era agora ou nunca. Peguei no meu telemóvel, corri para a casa de banho do meu quarto, tranquei a porta, e sentei-me num canto da mesma. Comecei por marcar o número do Luke, mas ele não atendia, então liguei-lhe mais umas 5 vezes mas ele não atendia, deixei-lhe uma mesagem no voice-mail. Saí da casa de banho, olhei em volta, vazio, comecei a andar para a sala de repende sinto uma pancada enorme na cabeça e o embate do meu corpo com o chão.

# LUKE POV ON #

Estavamos todos á mesa e agora o tópico principal era a faculdade, assunto que não me interssava muito. Já tinha acabado de comer por isso pedi licença e abandonei a mesa, subi as escadas até ao meu quarto entro no mesmo e vejo o meu telemóvel e piscar em cima da secretária o que queria dizer que alguém me tinha ligado enquanto jantava. As chamadas pertenciam todas á Sky, ela parecia preocupada. Numa das vezes ela deixou uma mesagem.

# MENSAGEM DE VOZ ON #

- Luke, eu preciso da tua ajuda, eu estava deitada e depois ouvi chamarem o meu nome, a janela do meu quarto estava totalmente aberta e depois os primeiros 3 degraus da escada de incêndio estavam partidos. E eu...eu acho que o Ryan está aqui em casa... eu não acho eu tenho a certeza... eu perciso de ti... eu não sei o que fazer, eu tenho medo ... perciso que venhas para aqui e depressa ... mas nunca te esqueças de uma coisa ... nunca te esqueças que eu te amo.

# MENSAGEM DE VOZ OFF #

Conseguia sentir o medo dela na sua voz, eu tinha de ir ter com ela, agora. Peguei no meu casaco, no telemóvel e saí do meu quarto a correr, desci as escadas e saí de casa o mais depressa possível. Ainda ouvi a minha mãe a perguntar onde é que ia mas não tinha tempo para responder.

Corri até á casa de Skyller, quando cheguei á porta do prédio esta estava aberta, comecei a subir tudo até ao 5* andar, á medida que subia sentia-se o cheiro a sangue uma coisa que me estava a deixar agoniado. Cheguei ao andar dela, a porta estava aberta, entrei e nada, a única coisa que encontrei foi mais sangue. Procurei por toda a casa, mas quando estava a procurar no seu quarto uma coisa me chamou á atenção, um papel que estava em cima na sua secretária.

CASA NA FLORESTA, era o que dizia no mesmo, aquilo só podia ser uma pista que a Skyller deixou, mas onde é que o Ryan podia ter uma casa na floresta? Tinha de ser um sítio perto, e que a Skyller tivesse conhecimento. Só podia ser um sítio, a Floresta que estava ao pé do parque de Skate. 

Voltei a sair de casa dela e corri o mais depressa para o parque e assim que lá cheguei saltei por cima da rede e continuei até encontrar a tal casa.

#SKYLLER POV ON#

Acordei atada a uma cadeira, conseguia sentir o sangue a escorrer-me pela cara abaixo, provavelmente por causa da pancada que ele me deu.

- Olá Princesa ... -ele diz mas eu mantenho-me calada- não falas? Sempre ouvi dizer que é má educação não cumprimentar as pessoas - ele continuava

- Tu não és uma pessoa, tu és um cabrão...-eu disse para mim- mas explica-me lá porque é que te queres vingar? - eu digo com confiança na voz, já que ia morrer mais valia morrer com dignidade.

- eu amava-te Skyller ... -ele diz

- Tu chamas àquilo amor?

- Deixa me acabar que ninguém te deu a palavra. Eu sofri um desgosto de amor, contigo entendes?

- Puf! Só podes tar a brincar com a minha cara ...

- A razão de te quer matar é uma e uma apenas ... se eu não te posso amar ... ninguém pode  -ele diz e aproxima-se de mim, os seus lábios secos tocam nos meus levamente, ele beija-me no canto da boca e volta a afastar-se. - Desculpa ... -ele diz e tira um revólver do bolso de trás das calças como fazia no meu sonho, prime o gatilho mas a arma não está descarrgada.

- Não achas mesmo que eu te deixaria morrer assim tão facilmente, pois não? Eu tenho de te fazer sofrer.

Começo a olhar em volta e pela primeira vez reparo que as paredes estão molhadas com um líquido...gasolina? Ele queria queimar-me viva? Não, então porque estaria um relógio no meu colo...dinamite? Ele queria rebentar com isto tudo.

Ryan abandonou a cabana e ouço ele lá fora a acender os fósforos. Já começo a sentir o calor, cá dentro, mas ainda não vejo fogo nenhum, a cabana desfaz-se aos poucos e poucos.

Fecho os meus olhos e tento esvaziar a minha mente, nela pairam todas as minhas razões de viver :Amelia, Ashton, os meus pais, Hayley, Mike, Calum, dança e Luke.

Naquele momento só queria que Luke realizasse a sua promessa. Se eu sobrevivesse tudo o que eu queria era criar memórias inesquecíveis com Luke, mas acho que isso não seria possível.

Quando voltei a abrir os olhos as chamas já me rodeavam, a cada segundo que passava a dor do lado esquerdo do meu peito aumentava e a ideia de que este era o final da minha estrada era maior. A certos momentos deixo de sentir os meu corpo e começo a ver uma luz, a clássica luz branca, lá estava uma rapariga, com asas de anjo que me estendia a mão. Comecei a caminhar até ela, mas quando estava quase em contacto com a sua mão, este cenário tinha sido substituído por um ecrã preto.

Morri? ...

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xxCarolinaxx

"I Will Save You"»Luke HemmingsOnde histórias criam vida. Descubra agora