#3: Psicologia Reversa

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Pandora del Monaco:

Nós vínhamos no Tulio's quase toda semana no meu primeiro ano. Eu e Bryan. Comíamos sempre a mesma coisa do cardápio, e dividimos o refrigerante com dois canudos de cores diferentes. Nós conversávamos sobre como a lista e filmes favoritos de Cooper era ruim, e o quão patético era a liga feminina de football. Eu costumava contar quanto tempo poderíamos ficar sem discutir feio sobre táticas de jogos, ou como o tempo passava rápido; já que a companhia era boa. Agora, isso parece ter sido há muito tempo. Na verdade, as vezes parece que sequer existiu. Se tem algo que sempre me lembro, é como Maxon me avisava desde aquela época, que Bryan tinha essa mania; de fazer das pessoas rodoviárias, e que de fato, ele nunca ficaria por muito tempo ali. Depois de todas essas coisas, eu sinto muito por ter acreditado que comigo seria diferente. Porque não foi. Porque talvez, com ninguém seja.

– O que? – Meus olhos não se arregalam; apesar de eu forçá–los pra isso. Pra ser sincera, meu corpo todo tenta inutilmente lutar contra a sensação de entorpe. Alguém, e acho que é Tyler – já que não consigo também virar meu rosto pra checar – dá uma risada alta, tentando amenizar o choque da mesa. – Eu... Eu não sei do que...

– É bem simples, é só falar que sim, ou que não – Max murmura, juntando em uma pequena pilha os palitos de dente que ele está quebrando desde que nos sentamos. – Péssima maneira de pedí–la, a Pandora odeia exposição – Ele continua num tom baixo, como se só Matt pudesse ouví–lo e como se todos nós já soubéssemos que Matthew e eu temos alguma coisa.

– Tudo bem, eu repito o pedido quando estivermos somente nós dois – Matthew dá de ombros e Tyler parece surtar como um garotinho de doze anos.

– A Pandora vai namorar – Fala pra mim – Namorar! – O vejo chacoalhar Brad ao seu lado e isso quase me faz rir. – A gente não apostou isso no segundo ano? Steph você me deve dinheiro agora!

– Vocês fizeram o que?

– Brincadeira Pan – Se defende ele – Pego a grana na segunda – Ele sussurra propositalmente alto para levar a cotovelada merecida que dou nas costelas.

– Bom, que seja – Maxon volta a falar – O que achou? Acha que passamos pra final?

– Com boas estratégias, com organização – Matt responde, quase despretensioso. Levo um segundos boquiaberta tentando deixar claro a pergunta na minha cabeça que: eles vão mesmo mudar de assunto como se eu não tivesse acabado de ser pedida em namoro? Por Matthew Boyer?

– Com as estratégias atuais Matt? – Pergunta Steph. Ah eles vão.

– É, vocês não são tão ruins assim.

– Estamos na reta final, o que decidirmos agora, não vai dar mais pra trocar em cima da hora. – Comenta Max – Então espero que saiba o que está fazendo.

– Eu sempre sei – Ergo os olhos a tempo pra ver o sorriso mais conhecido da região; o prepotente Matthew Boyer. – Mas você tem razão; uma vez que fecharmos o esquema de jogadas, não podemos mais mudar nada.

– E ganhar? Ganhamos do seu antigo time? – Tyler parece tirar a questão que está na cabeça de todos nós. É num desses momentos que eu penso no absurdo que é, o capitão dos Lions, que nos atropelou na última final, estar sentado aqui, sendo o meu capitão agora. Ok, e talvez meu namorado.

– Sempre tem uma chance. – Concorda Matt – Além do mais, eu sou o melhor quarterback da região; eu não perco.

– Quem convidou o capitão mesmo? – Debocha Bradley fazendo todos nós rirmos.

Como Não Se Apaixonar Por Um QuarterbackOnde histórias criam vida. Descubra agora