Quando ele já estava sentado no sofá confortável de Mingyu, com um cobertor sobre si e um pote de sorvete em mãos, que Wonwoo conseguiu raciocinar e lembrou que precisava contar-lo o que havia acontecido. Sua avó doente e a viagem de última hora que precisaria fazer. Ele tomou uma colher de sorvete e depois, respirou fundo. Mingyu estava sentado a sua frente, com uma colher também se deliciando do sorvete.
— Gyu... — chamou a atenção do mais novo, que tinha a boca cheia de sorvete. Wonwoo sorriu com a cena. — Eu estava falando com a minha mãe mais cedo, minha avó está doente mais uma vez. — o informou com um sorriso triste.
—Won... — Mingyu disse em um tom choroso, após terminar de tomar o sorvete que estava em sua boca. Ele deixou o pote na mesinha de centro e abraçou o garoto, o puxando para descansar sua cabeça em seu peito. — Vai ficar tudo bem, ela vai ficar bem.
— Eu não sei, mas quero vê-la uma última vez. — Wonwoo fechou os olhos ao sentir o toque suave em seus cabelos, começando a acaricia-los. — Vou ter que ir pra casa esse fim de semana.
Wonwoo pensou que o garoto ficaria chateado pois todos iriam no cinema no fim de semana, e não é querendo ser idiota, mas na situação em que estavam sobre suas almas gêmeas, queriam aproveitar ao máximo o tempo um com o outro. Quem sabe quando algo pode dar errado? Porém a reação que ele recebeu foi totalmente diferente da que esperava.
— Já viu a passagem? Está perto, você tem que ver logo. — Mingyu se preocupou com sua ida para casa e o garoto ficou meio atônito com isso.
— Ainda não vi nada, mas já vou fazer a mala mais tarde.
— Quer ajuda? Quer dizer, só se você quiser, espero não estar sendo invasivo. — o mais novo abaixou o olhar, com medo de estar incomodando o outro rapaz. Wonwoo segurou sua mão direita, a acariciando.
— Gyu, eu adoraria ter a sua ajuda. — sorriu docemente para o garoto, que retribuiu e foi até o seu quarto buscar o computador.
Em questão de minutos, Wonwoo já estava com sua passagem comprada para a próxima manhã e os dois garotos seguiam até a sua casa para arrumar suas coisas. Wonwoo mandou uma mensagem para Junhui o avisando que estava indo pra casa e pediu pra pegar suas anotações quando voltasse. O mais velho obviamente concordou e o desejou uma boa viagem.
Já era começo da noite quando eles terminaram e Mingyu acabou ficando para o jantar e, consequentemente, acabou dormindo na casa do garoto.
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— Por favor, toma cuidado. Vai dar tudo certo, ok? — Mingyu disse para Wonwoo, segurando seu rosto delicadamente. O mais velho já iria embarcar para pegar seu voo e estavam enrolando ao máximo a pequena despedida.
— Eu irei, pode ficar calmo. — Wonwoo colocou suas mãos por cimas das do garoto que estavam em sua bochecha.
Última chamada para o voo 9617
Wonwoo ouviu o seu último aviso e abraçou Mingyu antes de sair andando em rumo ao portão de embarque. Mingyu puxou seu pulso e selou seus lábios antes de deixá-lo ir. Ambos sorriram e Wonwoo caminhou até o portão, dando uma última olhada para trás antes de entrar.
Ao vê-lo sumir pela porta, Mingyu foi embora. Ele chegou em casa e resolveu tirar um cochilo. Ele havia dormido na mesma cama que Wonwoo e ficou até tarde da noite observando o garoto, como se ele fosse sumir a qualquer hora.
Quatro horas mais tarde, Wonwoo já estava no carro de sua mãe a caminho do hospital. Seu irmão e seu avô também estavam lá pois sua avó tinha tido uma pequena melhora durante a manhã.
Ao chegarem, a Sra. Jeon deixou o filho na recepção do hospital e saiu para procurar alguma vaga pra estacionar o carro. O menino estava muito angustiado e não conseguia esperar mais nenhum minuto, sentia que a qualquer momento tudo pudesse mudar. A recepcionista informou o quarto em que ela estava e Wonwoo saiu andando rápido, visto que não podia correr nos corredores do hospital.
Deu graças que o quarto ficava no primeiro andar e imediatamente viu Bohyuk sentado no primeiro corredor. Apressou o passo até o irmão e assim que o viu, o deu um abraço gigantesco.
— Senti sua falta, bobão. — o mais novo disse, tentando quebrar a tensão formada no ambiente.
— Eu também senti, pirralho. — Wonwoo sorriu levemente e encarou o vidro atrás do garoto, vendo sua avó rodeada de fios e máquinas, a deixando parecida como um robô.
Wonwoo era um menino forte, porém aquela cena abalou suas estruturas. Ele se aproximou do vidro e apoiou sua testa no mesmo, suspirando e pensando no quanto a vida era injusta. Ele não queria entrar no quarto pois a velha senhora estava dormindo, tinha tomado os remédios uma hora antes e precisava descansar.
Logo, a senhora Jeon chegou e se juntou aos filhos e ao pai que estava cabisbaixo desde Wonwoo chegou. Ele amava muito a esposa e vê-la daquele jeito, mesmo com a idade avançada, ainda era um imagem cruel para o pobre senhor.
A família ficou ali até o começo da noite, que foi quando Bohyuk levou seu avô para casa e ficou junto com o mesmo, caso ele precisasse de algo. Wonwoo estava sentado na cadeira, mexendo em seu celular e mal percebeu quando sua mãe disse que iria no andar de baixo comprar algo para comer.
O rapaz guardou o celular e avistou uma enfermeira entrar no quarto. Ele levantou e se assustou um pouco ao ver sua avó com os olhos abertos, ainda pesados de sono, mas estava consciente. Ele esperou a enfermeira checar o que precisava e rapidamente entrou no cômodo quando ela lhe disse que ele podia visitá-la.
— Olá, vó. A senhora está se sentindo melhor? — o menino sentou na cadeira ao lado da cama da mulher e segurou a sua mão.
— Meu filho, estou melhor sim. Como estão as coisas? Vovó tava com saudades. — ela disse com a voz fraca, mas Wonwoo quase chorou de alívio ao vê-la falando sem dificuldades.
— Perdão, vovó, é complicado para eu te visitar agora, a faculdade é muito puxada. Mas eu prometo que sempre que eu puder eu virei.
Wonwoo sentiu uma pontada de dor em seu pulso, como se fosse um beliscão e passou a mão no lugar para aliviar. Sem perceber, ele soltou um grunhido de incômodo.
— O que houve, meu filho? Tá tudo bem?
— Tá sim, vó. Só foi uma picada no meu pulso. — o menino riu com a preocupação da mulher, sendo que ela que estava no hospital.
— Falando em pulso, já achou a outra metade desse coraçãozinho? — perguntou, extremamente curiosa com a situação do neto.
— Vó, a senhora sabe que meu pulso é uma bagunça. Mas eu conheci uma pessoa, ele tá na mesma situação que a minha. — Wonwoo sorriu involuntariamente ao pensar em Mingyu.
— Uau, quem roubou o coração do meu pequeno e frágil garoto? Eu quero saber.
— O nome dele é Mingyu, também não tem iniciais e não tem marca no pulso. Recentemente, apareceu a letra J pra ele, porém isso não ajuda em nada. Por isso, estamos apenas aproveitando enquanto podemos. Qualquer hora, tudo pode dar errado.
Sua avó franziu o cenho ao ouvir a história e se sentiu mal pelo neto, porém ela podia tentar ajudar.
— Meu bem, você já ouviu falar sobre as almas gêmeas puras?
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sra. jeon será o nosso anjo
espero q tenham gostado
ate mais ♡

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it was you.
Fiksi Penggemarem um mundo onde sua alma gêmea está predestinada, nascer sem saber é como estar cego, porém ela pode estar mais perto que você imagina. wonwoo e mingyu ainda vão demorar um pouco até perceber