43: Accounts In New York

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New York City - EUA

P.O.V Justin Bieber 00:24 p.m.

Havíamos chegado em Nova York por volta das 00h da noite. Uma nostalgia havia tomado conta de mim ao admirar aquela cidade inteira lá de cima. Os prédios, as luzes e as torres, tudo, tudo era fascinante em Nova York.

O jatinho particular pousou no aeroporto e descemos. O Chris, a Caroline e eu. Olho pro lado esquerdo e a vejo com um olhar frio sobre cada lugar que passávamos.

— Caroline... — O Chris fala. — A Callie me entregou isso antes de eu ir para o aeroporto. — Ele entregou uma chave pra ela, que franziu as sobrancelhas.

— Ah... Valeu.

— É a chave da sua casa aqui? — Pergunto.

— Sim, é um pouco longe, mas de táxi levaremos menos de uma hora pra chegarmos. — Ela responde e o Chris rir, enquanto andávamos pro lado de fora do local.

— Agradeço muito, mas eu vou ficar no hotel. — Enrugo a testa e o encaro.

— Por quê?

— Eu não sabia que a Caroline ia oferecer a sua casa e paguei a entrada antecipadamente da reserva. — Arqueo as sobrancelhas e concordo. — Assim também não ficarei segurando vela e vocês ficam a vontade. — Dou um sorriso malicioso e mordo os lábios, olhando pra Caroline que virou o rosto, envergonhada.

— Fez bem, Chris. — Ele rir e nos aproximamos dos táxis. — Às 2h te vejo em frente ao departamento civil, beleza?

— Claro. Até daqui a pouco. — Ele entra em um dos táxis ali e nós dois em outro.

A Caroline diz o endereço ao taxista e ele sai de lá à caminho da sua casa. Ela me olha e dou um sorriso pequeno, trazendo sua cabeça para mim e a aconchego no meu ombro.

— Tá cansada? — Pergunto, e dou um beijo na sua cabeça.

— Não faz ideia do quanto. — Respiro fundo e envolvo um braço na sua volta, enquanto observo as ruas onde passávamos por Nova York.

Estava fazendo muito frio em Nova York, o que era muito comum.

Levamos mais ou menos 40 minutos pra chegarmos na casa dela. O carro parou em frente a uma mansão... Da porra, caralho. Paguei as passagens e vi ela abrir o portão de grades de ferro que a mansão possuía. Entramos e ela abriu a porta, ascendendo a luz e me dando a visão clara de um luxo do caralho.

— Caralho... — Falo, boquiaberto e a vejo me olhar. — Essa casa é muito bonita. — Ela olha em volta, colocando as mãos nos bolsos e concorda.

— É sim... Foi o primeiro lugar que eu comprei pra proteger as meninas depois que entrei pro tráfico. — A olhei. — Comprei com a ajuda do David.

— Essa casa também é dele? Tipo, vocês... — Travei o maxilar, suspirando e ao mesmo tempo começando a ferver por dentro de raiva. — Moravam juntos?

— Não, ele tinha a casa dele. Ele me ajudou no quesito de procurar uma casa segura, eu queria me proteger e as meninas ao mesmo tempo. — Ela explica e respiro fundo, mais aliviado.

— Você tinha quantos anos quando comprou essa casa? — Ela sorriu, se sentando no sofá maior que tinha ali.

— 16 anos. — Enrugo a testa e me aproximo dela.

— Onde vocês... Moraram depois que venderam a casa do seu pai?

— Numa pensão, as meninas e eu. Conheci o David lá e ele já fazia parte do tráfico de drogas e armas. — Respiro fundo, apenas a ouvindo falar. — Eu... eu fiquei curiosa em saber como ele fazia pra ficar bem em meios a tantos problemas. Pois assim como eu, ele não tinha ninguém, era sozinho. — Travo o maxilar e logo lembro da minha mãe, eu fiquei sozinho depois que ela morreu. — Ele me apresentou um modo fácil, fumando... — Engoli em seco. — Eu comecei a ter vícios com drogas muito nova... — Ela parecia envergonhada com isso e respiro fundo, segurando na sua mão sobre o sofá.

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