New York - EUA
P.O.V Caroline 07:34 a.m.
O desespero me dominava cada vez mais. A situação só se agravava e eu não estava encontrando uma saída pra nada, pra absolutamente nada. A tensão de todo o inferno que eu estava rodeada, me impedia de raciocinar e por em prática algum tipo de fuga pra sair daquela situação.
Primeiro a Callie que continua no hospital, depois o Justin que foi apagado e jogado dentro de uma piscina, correndo o risco de morrer afogado e agora o desaparecimento da Camila.
— Meu Deus... — Falo, nervosa, enquanto seguro o Jack nos braços e vejo o Chaz se aproximar de mim.
— Me dá ele e toma isso. — Ele me entrega um copo com água e recebe o Jack no colo. — Oi amigão.
— Taz.
— Como ele tá? — O Ryan surge no corredor do hospital e se aproxima de nós correndo. — O que disseram?
— Ainda nada. Ele está no quarto sendo socorrido. — Falo, com a voz trêmula e ele me olha assustado.
— Não consegui nenhuma notícia da Camila. — Engulo em seco e olho pro Chaz, que arregala os olhos. — Tô ficando desesperado.
— Meu Deus. Pra onde possam ter levado ela?
— Eu não faço a mínima ideia. — Vi um desespero cabuloso nos seus olhos e eu estava começando a tremer.
— Meu Deus... E agora o que a gente faz? — Pergunto e os dois se entreolham, negando a cabeça.
— Eu não sei, Caroline. Se pelo menos soubéssemos quem a levou seria mais fácil, mas nem isso a gente sabe.
— Apenas o Justin pode nos dizer alguma coisa, mas tá sendo socorrido e não temos tempo, não podemos esperar. — Falo, em pânico. — Invadiram a minha casa novamente e dessa vez fizeram duas vítimas, as primeiras que encontraram, mas tenho certeza de que estavam atrás de mim. — Afirmo isso com neutralidade. Eu tenho certeza de que todo esse inferno gira em torno de mim, estão tentando atingir a mim, diretamente e emocionalmente.
— Invadiram a sua casa novamente? — O Chaz pergunta, confuso.
— É a hipótese mais óbvia, Chaz.
— Já vimos uma cena parecida com essa... Vocês devem lembrar. — Ele me olha e enrugo a testa, tentando entender sua linha de raciocínio.
— Espera... O que tá querendo dizer? — Ele olha pro Ryan e pra mim em seguida, passando as mãos nos bolsos.
— Olha, Caroline. Eu não quero me precipitar... Mas sua casa tem um sistema de segurança monstruoso, só entra e sai quem você quiser, mas no dia em que você foi quase assassinada, isso foi revertido. Conseguiram entrar na sua casa e quase lhe mataram, e dessa vez... Eu tenho a absoluta certeza que foi a mesma linha de planejamento na tentativa de matar alguém. — O Chaz explica e o Ryan me encarava com puro ódio.
— Então... — Passo a mão na cabeça, começando a ficar tonta. Eu não conseguia acreditar nisso. Não conseguia.
— Isso mesmo, Caroline. Eu aposto como tem dedo do David nisso. — O encaro com um olhar perdido, completamente perdido, pois estava em êxtase total sem conseguir acreditar que fui enganada novamente. Ainda mais pelo David.
— O David? — O Ryan pergunta, incrédulo e o Chaz trava o maxilar.
— Eu tenho certeza que sim.
— Claro! — O Ryan deduz. — Ele é o único além das meninas que tem acesso ao porão com drogas e armas, uma entrada secreta que dá acesso ao outro lado da rua de sua casa. — Travo o maxilar, notando minha respiração desarregular e passo a mão na boca, completamente incrédula.
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Checkers Of Traffic
JugendliteraturEu tinha 11 anos de idade, quando vi meu pai ser assassinado bem na minha frente. Desde ali, o mundo parou pra mim, não obtive resposta do mundo de como cuidar das minhas irmãs mais novas e de como sobrevivermos em um mundo dominado pelo ódio, mas e...