New York - EUA
P.O.V Caroline 08:34 a.m.
— Toma. — A Callie fala, me entregando uma xícara de café e recebo, voltando meus olhos na tela do computador a minha frente. — Alguma coisa? — Ela pergunta, apoiando seus braços na mesa e enrugo a testa, vendo o pontinho vermelho do rastreador sinalizando alguma coisa.
— Alguma coisa foi detectada. — Respondo e me afasto com a cadeira giratória da mesa, me aproximando do telefone móvel do escritório, ligando imediatamente pra Camila, que estava junto ao Ryan nas margens do Brooklin. — Camila, o rastreador detectou alguma coisa aqui. — Aciono, voltando pro computador e volto a me sentar. — Viu alguma coisa?
— Sim, o filho da puta do David acabou de chegar na casa do tio dele. — Ela responde e sorrio maldosamente, olhando pra Callie. — Veio escoltado, provavelmente são os seguranças do Greg, mas era ele.
— Ótimo. Estou indo agora.
— Beleza. — Finalizo a ligação e vou em direção a prateleira com bebidas que havia no meu escritório, pegando uma Glock 18C que estava atrás das garrafas e coloco no meu cós da calça.
— Vai mesmo sozinha? — Ela pergunta e saio do escritório.
— Sim, se eu for com mais alguém com certeza ele irá perceber alguma coisa.
— Só toma cuidado, Caroline. Pelo amor de Deus. Você quase morreu da última vez e não tem nem 1 mês que você recebeu alta e o médico lhe recomendou muito repouso por causa da cirurgia. — Ela fala, preocupada e lembro da gravidez.
— Pode deixar, irei me cuidar. Não posso chegar perto da morte novamente. — Brinco, fazendo ela enrugar a testa, também rindo.
— Cuidado... E o que eu digo pro Justin se ele chegar? — Suspiro, soltando o ar de meus pulmões e penso nele.
Ele havia saído com o Jack e os outros amigos pra comprar lanche. Estava fazendo isso sem o consentimento dele, mas que se dane, ninguém toca em mim e sai vivo, principalmente o David... Que mentiu pra mim, algo muito pior.
— Fala que eu fui no shopping.
— Certo.
— Até daqui a pouco. — Saio para fora e entro no meu Sedã Kia k9, dando o fora dali às pressas e fui em direção ao Brooklin.
Eu conhecia o tio do David. O nome dele era Greg, há alguns anos o David e eu trabalhamos juntos para ele, desviamos duas carradas de Heroína em seu nome em Nova York. Me rendeu uma boa grana, inclusive pude juntar com outra parte que tinha e comprei a casa que hoje a gente mora.
Quando eu recebi alta do hospital, o Justin viajou para Atlanta pra checar como anda os seus negócios por lá e com isso eu aproveitei a oportunidade de ir a casa do Greg, assim que soube da teoria das meninas de que o David poderia está incluído na tentativa de assassinato contra mim.
Eu conhecia bem a relação entre eles e eu sabia que cedo ou tarde o David procuraria o tio pelo simples motivo; ele era o único parente mais próximo dele vivo e sempre que ele fazia alguma merda, era a ele quem o David recorreria.
O David...
Não consigo acreditar de maneira alguma que ele se aliou aos primos retardados do Justin para me matar. Sei que é burrice pensar dessa forma, ainda por cima depois das evidências claras que tenho visto nas últimas semanas, mas não me entra na cabeça que ele tenha se disponibilizado a me matar, não faz sentido algum pra mim. A gente já brigou e tals, mas é algo difícil de se entrar na minha mente.
Coloco o microfone auricular sem fio no meu ouvido, cobrindo com meu cabelo em seguida. A Camila e a Callie iriam ouvir tudo o que eu falasse naquela casa, inclusive o meu plano de ir até lá, era de colocar um microfone em algum lugar para que eu pudesse ouvir tudo o que o David fosse falar. Pelo menos era o que a minha linha de raciocínio me dizia.
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Checkers Of Traffic
Подростковая литератураEu tinha 11 anos de idade, quando vi meu pai ser assassinado bem na minha frente. Desde ali, o mundo parou pra mim, não obtive resposta do mundo de como cuidar das minhas irmãs mais novas e de como sobrevivermos em um mundo dominado pelo ódio, mas e...