Nova York - EUA
P.O.V Justin Bieber 20:34 p.m.
Passava as mãos entre meus fios loiros, preocupado e muito tenso, pois os dias estavam sendo cada vez mais cruéis comigo.
Não conseguia entender de maneira alguma o que aconteceu com a Caroline. Ela não reagia, não dava um sinal sequer de que ainda tinha consciência e tudo aquilo tava me assustando pra caralho.
Eu estava atordoado, estava com muito medo de que ela não retornasse desse coma? Bem, não era a palavra certa pra se usar, até porque ela não sofreu nenhuma lesão na cabeça, mas não havia outra explicação pra explanar melhor o que se passava com ela, pois ela estava morta-viva. E cada dia mais me atormentava.
Duas semanas. Duas semanas já haviam se passado e nada dela acordar ou de mover sequer um dedo, tudo o que sabíamos era que ela ainda estava viva, sem consciência, mas estava.
Esfreguei as mãos no rosto, apoiando meus cotovelos nos joelhos e encarei a Camila sentada no banco à frente do meu junto ao Ryan.
— Não quer comer alguma coisa? — Ele pergunta, e ela apenas pisca os olhos, negando. — Camila, há dias que você não se alimenta direito. Vai acabar ficando doente.
— Me deixa, Ryan. — Ele me olhou e assenti com a cabeça pra ele dá um tempo pra ela. — Meu Deus... — Ela murmura, e seus olhos mais uma vez se enchem de lágrimas. — Ela não acorda...
Engulo em seco, umedecendo os lábios e desvio o foco da visão pra não chorar ali mesmo.
— Não consigo entender o que se passa com ela. Não é normal. — Disse o Ryan e o olhei. — O médico falou que como médico... Nunca havia visto isso. Não é um tipo de coma comum, desses que acontecem geralmente... Ela tá morta, mas também tá viva.
— Tudo o que eu sei é que se ela não acordar eu vou enlouquecer completamente. — Falo, baixando a cabeça e fecho os olhos.
— Eu não sei o que vou fazer se ela morrer... Não passa nem pela minha cabeça viver em um mundo sem a Caroline. — O Ryan me olha e respiro fundo, ouvindo meu celular tocar.
— Já venho. — Era o Chris.
Me afasto do corredor, indo até os banheiros que havia na clínica médica que a Caroline estava internada.
— Alô? Chris?
— Oi, Justin. — Ele atende. — Nada. — Bufo, apoiando a mão na pia de mármore do banheiro. — Não consegui localizar nenhum dos seus primos. Creio que deram o fora de Nova York.
— Merda. — Soquei a pia, sentindo meu corpo queimar. — E o filho da puta do David? Alguma coisa?
— Também não.
— Tá bom, mas não pare com as localizações. Eu preciso encontrar esses filhos da puta e matar um por um.
— Pode deixar. Irei continuar procurando, pode confiar em mim... Irei achar pelo menos um e se acharmos um, temos o ninho todos nas mãos.
— Perfeito. Qualquer coisa me liga.
— Pode deixar. — Desligo, suspirando e me olho no espelho do banheiro, me vendo de olhos fundos. Estava bastante cansado e muito preocupado.
Depois de alguns minutos saio do banheiro, vendo a Camila e o Ryan ainda no mesmo lugar.
— Justin, a gente tá indo dormir em casa essa noite. — Ele falou, e concordei, passando as mãos no rosto.
— Claro, claro. Podem ir. Eu vou ficar. — Falo, e ambos concordam. A Camila pouco tinha comido e descansado depois de tudo que aconteceu, que era bom que ela descansasse um pouco.
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Checkers Of Traffic
Novela JuvenilEu tinha 11 anos de idade, quando vi meu pai ser assassinado bem na minha frente. Desde ali, o mundo parou pra mim, não obtive resposta do mundo de como cuidar das minhas irmãs mais novas e de como sobrevivermos em um mundo dominado pelo ódio, mas e...