New York - EUA
P.O.V Justin Bieber 08:23 a.m.
Eu não sabia como decifrar a minha expressão ao ver aquela cena diante dos meus olhos. Naquele momento várias coisas se passaram na minha cabeça, como puxar a arma que estava no meu cós da calça e disparar sem dó nem piedade na cabeça dele e depois na dela, quebrar na base da porrada a cara dele e depois esfolar ela todinha. Mas, se eu demonstrasse qualquer tipo de reação, iria deixar a Caroline com alguma moral, porque ela não era burra e com certeza iria perceber que eu fiz o que fiz por ciúmes e eu não daria esse gostinho pra ela novamente, isso nunca.
Então, mesmo sentindo todo o meu prestes a explodir, me controlo diante daquela situação, que era preciso admitir que me machucou muito.
— Não, não. — O Brian fala, e se afasta dela, a própria que passa o braço na boca. Ela continuava a mesma.
— Brian, você nunca mais toca em mim dessa maneira. Eu não te dou esse tipo de intimidade. — Ela explode, e sai da sala feito fogo. Conhecia bem esse lado dela e não me importaria em vê-la amassando as bolas dele.
— Nossa... — Ele fala, com os dedos nos lábios e meus punhos se fecharam automaticamente. — Ela é bem difícil.
— Concordo. — Falo, e vou em direção a minha mesa. — Você falou pra ela que voltei a trabalhar aqui?
— Bem, eu pretendia contar agora, mas não deu certo... — Arqueo as sobrancelhas e travo o maxilar. — Mas com certeza ela irá concordar, não precisa se esquentar com isso. Mas vem cá, porque mudou de planos? — Dou um sorriso amarelo e penso no Jack.
— Problemas pessoais.
— Ah sim. — Ele concorda e sorri, parecendo lembrar de algo. — Sim, Justin. — Ele vai em direção a gaveta da sua mesa e o vejo pegar um papel. — Toma... — E me entrega, enquanto sorri e arqueo as sobrancelhas sem entender. — Te espero lá.
Leio mentalmente e forço um sorriso, ignorando aquela porcaria. Era óbvio que eu não ia. O aniversário dele.
— Ah... Legal, mas eu não poderei ir. — Falo, e ele me olha sério. — Tô resolvendo uns assuntos muito sérios e não sei se dará certo, pois requer muita parte do meu tempo. — Ele concorda com uma expressão descontente e sorri mesmo assim.
— Eu entendo. — Depois vai em direção ao cofre, enquanto eu o fuzilo sem parar, junto a uma a vontade que tenho de quebrar aquele escritório inteiro. Eles estavam se beijando, eu vi, porra do caralho. Resmungo, assanhando todo o meu cabelo e esfrego as mãos contra o meu rosto.
Depois vejo ela voltar e nem vontade pra olhar na cara dela eu tenho, por isso simplesmente a ignoro, mantendo meus olhos na tela do computador.
— Eu achei que você iria ontem lá em casa. — Ela fala, e a olho com deboche.
— Por que eu iria na sua casa? — Ela cruza os braços e se escora na mesa do Brian.
— Porque achei que você ligasse pro Jack. — Ela responde e meu semblante muda, lembrando dele. Porra. — E você me falou anteontem que iria vê-lo e não foi. — Rolo os olhos e fico de pé, indo em direção a janela.
— Eu estava ocupado, não deu pra ir.
— Hum, ocupado do tipo... mandando a sua detetive particular bisbilhotar a minha privacidade junto a das minhas irmãs? — Ela fala, e a olho rapidamente, caralho. — Você deveria checar com mais atenção as pessoas que trabalham pra você, Justin. Pois se essa investigação era pra soar a mais discreta possível, adoro informar que falhou. — E zomba de mim, me fazendo começar a perder a linha. — Sabe, Justin... — Ela fala, e descruza os braços. — Você é o cara mais idiota que eu conheço. — Enrugo a testa, incrédulo ao ouvir ela falando isso de mim.
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Checkers Of Traffic
Ficção AdolescenteEu tinha 11 anos de idade, quando vi meu pai ser assassinado bem na minha frente. Desde ali, o mundo parou pra mim, não obtive resposta do mundo de como cuidar das minhas irmãs mais novas e de como sobrevivermos em um mundo dominado pelo ódio, mas e...