New York - EUA
P.O.V Caroline 22:34 p.m.
Estava há horas sem comer nada e não queria, tudo o que eu queria naquele momento era notícias da minha irmã que havia chegado no Mount Sinai sem consciência. Algo me dizia que ela estava morta, mas a demora dos médicos me fazia acreditar que existia uma pontada de esperança dela sobreviver perante toda essa situação onde eu fui a culpada.
O meu pai deve está vendo tudo o que aprontei novamente e dessa vez deve está decepcionado comigo, pois não coloquei a minha vida em risco, dessa vez coloquei em risco a vida da minha irmã. Ele nunca irá me perdoar.
— Caroline, vai pra casa e...
— Não, Justin. — O corto, fazendo ele se calar. — Eu só vou sair daqui com a notícia de que minha irmã irá sobreviver... ou não. — Acrescento com um aperto no peito e meus olhos se encheram de lágrimas. — Foi tudo culpa minha, então é minha obrigação ficar aqui e esperar. — Ele segura na minha mão e o olho.
— Então eu vou comprar alguma coisa pra você comer. Também não pode ficar sem comer, você está grávida. — Ele falou, preocupado e respirei fundo, concordando. — Você vem, Ryan? — Olhamos pro banco da frente e vemos ele ao lado da Camila, que chorava sem parar.
— Você quer comer alguma coisa?
— Não, só quero água.
— Tá bom. — Os dois saem e ficamos apenas a Camila, o Chris que chorava sem parar e estava desesperado, junto do Chaz e Brad.
— Essa demora é boa ou ruim? — O Chaz pergunta, me olhando e engulo em seco, olhando pra porta do quarto onde a Callie estava há mais de cinco horas.
— Eu não sei, Chaz. Não consigo pensar em nada , o desespero me impede.
— Não sei o que irei fazer se ela morrer. — Disse o Chris, fungando e vi seus olhos avermelhados de tanto chorar.
— Chris, irmão. A Callie é a pessoa mais abençoada e forte que eu conheço, ela vai sair dessa. — O Chaz o consolou e meu coração voltou a acelerar com a possibilidade dela sobreviver.
— Se Deus quiser, não irei suportar perder outra pessoa que amo. Primeiro a minha mãe, depois o papai e agora a Callie. — A Camila fala soluçando e umedeço os lábios, nervosa.
Eu ainda não sabia como lidar com aquelas situações. Aqueles momentos me deixavam bastante nervosa e trêmula.
Volto minha atenção no quarto onde haviam colocado a Callie e já se passava das 23hrs da noite. A demora me alegrava, me enchia de esperança no peito, pois eu ainda acreditava que ela poderia sobreviver.
Então sentir meus pés gelarem, quando a porta se abriu e vi algumas enfermeiras saindo e ficamos todos de pé.
— Como tá a minha irmã? — Pergunto desesperada e elas simplesmente passam pela gente, apressada e em seguida vemos o médico saindo do quarto. — Meu Deus doutor. C-omo está a minha irmã? — Pergunto, chorando e ele baixa a máscara do rosto, fechando a porta atrás de si.
— Olha, o estado de saúde dela é grave, pois foram dois tiros no peito. — Passo a mão na cabeça, nervosa e ele continua. — Mas tenho uma excelente notícia. Ela está viva.
Coloco as mãos na boca e meus olhos se enchem de lágrimas por não conseguir acreditar no que tinha acabado de ouvir. Meu Deus.
— Viva? — O Chris pergunta, se aproximando e tremendo. — A-a Ca-callie tá viva?
— Sim, está. Está respirando com ajuda de aparelhos, mas está viva. Ela teve uma arritmia cardíaca, seus batimentos estão fracos, mas ela está viva.
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Checkers Of Traffic
Подростковая литератураEu tinha 11 anos de idade, quando vi meu pai ser assassinado bem na minha frente. Desde ali, o mundo parou pra mim, não obtive resposta do mundo de como cuidar das minhas irmãs mais novas e de como sobrevivermos em um mundo dominado pelo ódio, mas e...