7 meses depois...
Los Angeles - CA
P.O.V Justin Bieber 07:14 a.m.
Assim que acabo de vestir o uniforme escolar do Jack, passo o pente no seu cabelo para trás e os fios loiros voltam para frente novamente. Bufo e balanço a cabeça.
— Seu cabelo não fica pra trás de maneira alguma. — Falo e ele olha pro espelho, passando a mão no cabelo.
— Usa o seu spay. — Arqueo as sobrancelhas e ele sorri. — Talvez peste. — Realmente tive que concordar, já que ele ultimamente tem adorado usar o cabelo para trás. — Deixe do jeito do seu. — Rio pelo nariz e fico de postura reta.
— Certo. Vou buscar no meu quarto, fica aqui. — Saio do quarto dele e vou até o meu, entrando devagar e vejo a Caroline dormindo. Suspiro e me aproximo dela, olhando em volta dos lençóis pra ver se houve mais algum sangramento, mas graças a Deus não.
A gravidez dela está sendo bastante complicada. Tirou toda a minha sanidade mental. Tive o máximo de cuidados com ela durante os meses finais que faltavam e mesmo assim não foi o suficiente. Ela sangrou várias vezes e quase entrou em depressão. Realmente estava ficando desesperado, pois não sabia mais o que fazer. Entreguei tudo a Deus e seja o que ele quiser.
Vou até o banheiro e pego o meu spray de cabelo na prateleira e volto, vendo ela se mexendo, mas não acordou e saí do quarto, entrando no quarto do Jack e vejo ele brincando com um carro.
— Vem. — Ele me olha e passo o spray no seu cabelo, deixando do jeito que ele queria. — Agora sim. — Ele sorri e olha no espelho.
— Puxa pai. Ficou muito bum. — Sorrio e pego sua mochila.
— Vamos ou vai se atrasar. — Ele pula da cama e juntos saímos do quarto.
— A mamãe já acordô? — Ele pergunta, olhando pro quarto e olho discretamente pela porta. — Eu posso dá um beijinho nela... Ou ela vai ficar dodói di novo? — Suspiro pesado e me agacho com um joelho, segurando no seu ombro.
— A mamãe tá bem e não vai ficar dodói novamente. Só deixa ela dormir mais um pouco, tá bom? Quando chegar da escola, ela estará acordada e você poderá dá quantos beijos quiser. — Falo, sorrindo e ele força um sorriso, assentindo com a cabeça.
— E a minha mãzinha? Ela tá bem também? — Fecho os olhos e concordo com um peso no coração.
— Ela está sim. Logo logo você poderá ver ela e brincar. — Ele sorri com muita alegria e me dá um abraço.
— Vamo pa colinha. — Ele vai na frente dando uns pulinhos e seco as lágrimas que preencheram os meus olhos. — Dusephine, minha mamãe não vai ficar mais dodói não. — O Jack fala, sorrindo e ela me olha triste, mas sorri pra ele.
— Que bom, Jack. Graças a Deus que a sua mamãe não vai mais ficar dodói. — Ela fala e me entrega a lancheira do Jack. — Como o senhor pediu.
— Butou doce? — O Jack pergunta e ela me olha.
— Ah...
— Eu mandei não colocar. Doce não se come no café da manhã. Quando você chegar da aula, que almoçar, aí o papai te dá. Mas antes disso, não. — Ele enche as bochechas e cruza os braços, emburrado. — Vamos.
— Vô marnão. — E faz birra, me fazendo rolar os olhos. Odiava quando ele fazia isso.
— Vem. — Coloco ele nos braços e olho pra Josephine. — Fica de olho na Caroline enquanto eu levo o Jack na escola.
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Checkers Of Traffic
JugendliteraturEu tinha 11 anos de idade, quando vi meu pai ser assassinado bem na minha frente. Desde ali, o mundo parou pra mim, não obtive resposta do mundo de como cuidar das minhas irmãs mais novas e de como sobrevivermos em um mundo dominado pelo ódio, mas e...