OLAAAAAAAAAA
Tá aí mais um.
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A dor que sentimos ao perder alguém que amamos é inexplicável. É como receber uma adaga no meio de seu peito, sua respiração para, seus sentidos entram em alerta e sua única reação é chorar ou talvez nem isso seja possível. Para alguns a dor é suportável, mas para outros é como se uma parte de você tivesse deixado de existir. Tudo se torna mais sombrio. As cores que antes alegravam seus dias agora não passam de um cinza, sem vida, húmido e frio. Não a abraços que te conforte ou palavras que façam aquele padecimento sair de você.
-Cadê ela? -Uma mulher de meia idade ultrapassou a porta que levava até a sala de espera do hospital de Riverdale. Estava acompanhada de um garotinho de cabelos negros e olhos claros. Cheryl encarou o pequeno, ele era parecido com Toni. FP assim que a viu caminhou em passos rápidos de encontro a ela.
-Quem é ela? -Jughead encara Sweet Pea, pois julgava que apenas ele sabia de quem se tratava. O garoto estava cansado e em seu rosto ainda haviam vestígios de lágrimas, junto a elas sangue seco, assim como em suas roupas.
-É a mãe da Toni. -Com uma voz rouca e embargada em lástima, ele responde. Seus olhos percorreram por toda a sala branca até pararam na garota ruiva ensanguentada. Seu rosto não demonstrava expressão alguma, suas mãos estavam tremulas.
Todos ali presentes estavam terrívelmente horrorizados com tudo aquilo, afinal não havia motivos para não estarem. Até então não receberam noticias, as duas garotas entraram naquela maldita porta azul e ninguém havia voltado para dar respostas aos que as esperavam.
A mulher com qual FP falava agora chorava intensamente, enquanto o garotinho apenas olhava para ela com dúvida enquanto apertava sua blusa em busca de um pouco de atenção.
Cheryl não conseguia explicar a angústia que estava instalada em seu peito por até então, não ter recebido nenhuma notícia, era uma angústia parecida com a que sentiu quando seu irmão desapareceu, só que conseguia ser ainda pior.
As pessoas do hospital se portavam com naturalidade. Enfermeiros vinham e iam, assim como pacientes e acompanhantes, era como se não importasse o fato de ter pessoas ali a beira da morte.
O mundo é um lugar muito cruel. Cheryl agora duvidava de toda a divindade e bondade que as pessoas diziam existir, afinal, tudo a nossa volta é tragédia e desgraças, comparado as coisas boas que acontecem.
E então finalmente um homem de olhos claros, jaleco branco, com uma prancheta na mão saiu daquela porta. Instantaneamente seu corpo foi de encontro a ele já preparada para a pior noticia que pudesse receber.
- E então? -Disse a ruiva. Todos já haviam se aproximado, e até então esperavam por uma resposta. O homem a olhou com pesar depois de dar um longo suspiro.
- Eu sinto muito. -Disse. - As perfurações ocorridas na sua região abdominal acabaram afetando e perfurando todo o seu estômago e fígado. -Continuou. - Infelizmente não conseguimos reanimá-lá, ela perdeu muito sangue. Eu sinto muito, mas... a paciência Kim Hughes não resistiu.
- Meu Deus. - FP sussurrou. Todos rapidamente se afastaram, menos Cheryl e a senhora com o pequeno. Cada um com uma reação diferente, mas todos sentiram a mesma coisa.
- Algum de vocês é um familiar? -Ele perguntou, tendo uma resposta negativa de Fp.
- Ela é órfã. Sua única parente viva é sua tia, Penny Peabody. - Ele responde, instantaneamente seus olhos param em Sweet Pea.
O garoto tinha uma mão sobre o rosto e insistia em limpar os vestígios de lágrimas que tomavam seus olhos.
- É uma pena. - Disse novamente o homem de branco. - Poderia chamá-la?
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Night with you - Choni {HIATOS}
Fanfiction"Corpos somados. Como posso me concentrar com sua pele sobre a minha?!"