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- Onde estamos? - tentei me levantar, mas sem sucesso, minha cabeça doía, meu corpo todo doía, parecia até que havia passado um caminhão em cima de mim. Olhei em volta tentando identificar o lugar, mas não o reconheci, tudo era branco e um pouco gelado?!

- Estamos na Fortaleza da Solidão Kara, aqui você estará segura até aprender a controlar seus poderes. - Disse Kal-el

Por um instante tinha me esquecido de tudo que havia acontecido, até que lembrei da Alex.

- Onde está Alex??? Ela está bem?? - me levantei em um só movimento e olhei tudo em minha volta a procura dela.

- Ela tá bem Kara, graças a você. - Kal-el colocou sua mão em meu ombro para que eu me acalmasse.

- Eu... eu.. eu fiquei com tanto medo que algo acontecesse com ela... que eu não faço ideia do que aconteceu, parece que perdi o controle de tudo, eu só queria ver ela bem... eu não podia deixar que nada de ruim acontecesse com ela. - senti algumas lágrimas escorrendo pelo meu rosto, kal-el me envolveu em um abraço, o que só fez com que eu começasse a chorar mais

- Tá tudo bem, ela está bem, eu tô aqui com você... - eu o abracei mais forte

- Eu estou com medo e se eu for um monstro? e se eu não conseguir me controlar? eu não esperava que tudo isso acontecesse tão cedo. - Eu me sentia uma bomba relógio, como se fosse explodir a qualquer momento.

- Olha, você não é um monstro e eu estou aqui pra te ajudar, é normal, você só precisa se acostumar. Eu vou te ajudar, certo? O seu amor pela Alex e medo de algo acontecesse com ela foi tão forte que fez com que seus poderes surgissem.

Ao longo dos dias Kal-el já havia me ensinado várias coisas, eu até zoei ele por usar uma cueca por cima de sua calça, mas ele dizia que aquele estilo era pra poucos, o que me fez zoar ele mais ainda.

Depois de 2 semanas, Alex veio me ver e ela ficou super entusiasmada com os meus poderes, mas confesso que fiquei mais aliviada em ver ela e ver que ela estava realmente bem.

Diana também estava me ajudando a me adaptar aos meus poderes, me ensinou a lutar e alguns golpes que segundo ela, nem meu primo conseguiu aprender.

Mas a verdade é que eu mal esperava a hora para ter e fazer o meu próprio traje, Alex ficou de me ajudar, mas depois, porque finalmente estava na hora de ir para casa, sentia falta de meus pais, da minha cama, dos meus amigos e principalmente de Lena.

4 semanas depois.

- Acha que ela iria gostar? - Alex me mostrava uma pulseira que havia comprado para Maggie.

- Olha, se ela não gostar, eu fico com ela sem problema algum.  - Lena falou enquanto olhava a pulseira de mais perto

- Sai, não tem nada pra você aqui. - Alex empurrou ela devagar

- Claro que tem, tá ali naquela cama - Lena apontou pra mim o que me deixou um pouco envergonhada, mas me fez sorrir

- Concordo perfeitamente - Abri meus braços e Lena me puxou para um abraço e logo depois deixou um beijo em meus lábios

- Tava com saudades, amor.

- Eu também, muita saudade.

- Eca, vocês são boiolas demais, ninguém merece. - Por um momento tinha me esquecido da Alex

- Até parece que você também não haje desse jeito, parece até que esquece que sou a melhor amiga da sua namorada - Lena falou e logo Alex jogou um travesseiro nela.

- Calada projeto de gente irritante.

Lena e eu rimos enquanto Alex revirava os olhos

- Enfim, claro que ela vai gostar, é linda, você tem um ótimo gosto. - Respondi a pergunta de Alex e Lena concordou comigo

- Obrigada irmãzinha, agora tchau, não aguento essa boiolagem de vocês.

Lena mostrou o dedo do meio para Alex, enquanto a mesma saia do quarto rindo.

-

Lena Luthor era de fato a garota mais linda de todo o universo. nesse momento ela se encontrava dormindo em meu ombro e eu só conseguia admirar toda a sua beleza. Eu de fato a amava e não fazia questão de esconder, muito menos ela.

Semana passada ela havia me mandado um buquê de girassóis no meio da aula, o que me deixou vermelha igual um pimentão, mas foi fofo.

Na verdade ele me encheu de mimos a semana inteira, todos os dias ela deixava bilhetinhos em meu armário, as vezes me trazia uma pequena flor e colocava em minha orelha e fazia questão de me dizer que ela tinha toda a sorte do mundo em me ter na vida dela, mas na verdade a sortuda da história era eu.

Quem não a conhecia, nunca imaginaria que ela seria tão manteiga derretida e romântica assim, um clichê perfeito pra se viver. ninguém imaginaria que ela chorava em filmes de romance ou ficava com medo em filmes de terror.

Ontem eu havia dito que estava com vontade de comer chocolate e adivinha? quando cheguei em casa, havia uma cesta de chocolate em cima da minha cama com um bilhete muito fofo, escrito: "Os melhores chocolates do mundo, para a melhor coisa que aconteceu na minha vida"

E claro Alex não perdia tempo em zoar a Lena sobre ela estar super boiola por mim.

As coisas estavam boas demais entre nós, em nosso ciclo de amizade, em tudo, nada poderia estragar aquilo que estávamos vivendo.

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Juntas pelo acaso | SupercorpOnde histórias criam vida. Descubra agora