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*Capítulo dedicado especialmente à Luanne, que tanto sonhou com essa cena*
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Acordei no dia seguinte com uma voz entrando em meus ouvidos. Não sabia se estava ainda sonhando ou realmente alguém falava alto e ao que parecia em russo ao meu lado. Deve ser ressaca, concluí, já sentindo uma pontada de dor de cabeça junto. Mantive os olhos cerrados por mais alguns minutos, tentando prestar a atenção na conversa
- Dochter, ik zal er morgen zijn - Disse a voz, que logo identifiquei sendo a de Fantine.
- maar het zal lang duren, mama - respondeu a outra voz, ao longe.
- Ik mis je, schat! Wat ben je aan het doen? - Falou Fantine
- huiswerk en jij?
- Estou com a tia Lu - disse essa última em português.
Arregalei os olhos no mesmo instante em que ouvi meu nome e gelei. Fantine estava falando com alguém em russo e ainda sobre mim? Boa coisa não havia de ser.
Virei de frente para ela e a fitei, observando que falava ao telefone. Concluí então que a segunda voz provinha do aparelho e pelo tom, parecia ser Christine. Isso de alguma forma deveria me aliviar, porém piorou. Fantine estava falando de mim para a filha? Qual momento eu perdi em que ficávamos de acordo para contar aos demais?!
- Bom dia - falou ela, já desligando o telefone e selando meus lábios
- Fantine, você é maluca? - questionei
- Não - pareceu ponderar por alguns instantes minha pergunta - por quê?
- Você falou para Kikish que estava comigo! - exclamei, já sentando na cama
- Falei? - perguntou, tentando lembrar sua conversa ao telefone - ah, falei sim, que estava com você
- E você não acha que deveria ter me informado que havíamos entrado num acordo para contar sobre nosso relacionamento?
- Calma, amor. Kikish não sabe de nada. Apenas disse que estava com você e em português. Minha filha se entender, será igual chover gotas de chocolate: impossível
- Mesmo assim, é cedo demais para contarmos para as pessoas - falei, já mais calma
- Por mim eu contaria, mas se você não quer, tudo bem - respondeu, roubando um beijo rápido de mim. - Preciso descer e me arrumar, logo tenho que ir para o aeroporto. Você vem junto? - questionou
- Acho melhor não. Não vou conseguir me despedir de você sem querer te agarrar no meio do público - sorri e ela concordou.
Nos beijamos rapidamente e Fantine deixou meu apartamento, dirigindo-se ao seu. Avisei que me arrumaria e desceria para me despedir dela antes que embarcasse. Tomei um banho rápido e vesti uma roupa fresquinha: shorts jeans e blusa de alcinha, pois fazia calor em São Paulo. Decidi que assim que Fantine fosse para o aeroporto, eu iria para minha antiga casa ver meus filhos. Tomei a bolsa em mãos, calcei um chinelo de dedo e desci para o apartamento de Fantine.
Bati na porta e rapidamente ela apareceu. Usava uma legging preta e uma blusa solta colorida.
- Que bagunça, Fantine! - Falei, adentrando e notando as roupas espalhadas ainda por cima da cama - você não tinha já feito as malas ontem? - questionei, sem entender
- Tinha, mas lembrei que precisava tirar um casaco para usar no avião e bem... - deu de ombros
- Como faz falta Virgem no mapa astral das pessoas - falei rindo - deixa eu te ajudar.
Demoramos alguns minutos, mas concluímos organizar suas malas. Sim, malas. Fantine estava carregando uma segunda bagagem apenas com presentes que outrora recebera aqui no Brasil.
- Acho que já podemos colocar as malas no carrinho de bagagens, assim o mensageiro já as leva para a recepção logo
- Se for mais fácil para você - dei de ombros.
Fantine abriu a porta e levamos cada uma uma mala para o carrinho, o qual estava no corredor. Depositamos as malas e voltamos para o quarto para buscar os outros pertences que Fantine achou mais fácil enviar junto e os colocamos também sobre o carrinho. Ao concluirmos, nos dirigimos para o apartamento. Fantine sairia daqui meia hora, então teríamos poucos minutos para despedir-nos. Adentramos a suíte e Fantine encostou a porta, já logo me puxando pela cintura e nos envolvendo em um beijo longo de despedida.
Estávamos tão entregues ao beijo que sequer notamos a presença de uma terceira pessoa no ambiente
- Cheguei no melhor momento, Brasil - falou a pessoa. Fantine e eu prontamente nos separamos, assustadas
- Carol! - exclamei, já logo ruborizando a face - Isso não é nada do que você está pensando - tentei justificar
- Estávamos apenas nos abraçando - Falou Fantine
- E desde quando usamos a língua para abraçar alguém, hein? - Indagou Carol - Tá rolando alguma coisa aqui e não é de hoje que eu suspeito
- Não tá rolando nada, Carol - Falei
- Somos apenas amigas - Justificou Fantine
- Amizade colorida tá na moda mesmo - zombou Carol - qual é, gente, podem me contar, eu sou parceria - Fantine eu nos fitamos e eu assenti com a cabeça
- Você promete não contar nada? - questionei e Carol fez sinal de silêncio - tudo bem, Fantine e eu estamos tendo algo
- Estamos namorando - Falou Fantine e eu a olhei confusa
- Estamos? Não lembro de ter sido pedida em namoro - Falei, a olhando
- Porra, Fantine, tu não pediu a mina em namoro?
- Carol, você não ajuda assim - Falou Fantine e voltou seu olhar ao meu - pensei que não precisaríamos nos rotular - ponderou - mas se você insiste... namora comigo, Luciana? - fingi pensar por alguns segundos
- Aceito seu pedido - Sorri
- Então, em que parte da história paramos? - Questionou Carol, me fazendo bufar
- Estamos namorando - Repetiu Fantine
- Desde quando?
- Desde agora oficialmente. Mas começamos a nos relacionar no Rio - Respondi sua pergunta. Fantine se aproximou de Carol
- Sem uma palavra sobre isso, Ana Carolina - Falou séria
- Pode ficar tranquila, não vou contar. Mano, sempre soube que vocês tinham alguma coisa. Estive certa esse tempo todo - Falou - Enfim, Fan, já tá na hora de ir pro aeroporto. Luciana você vem junto?
- Não, vou ficar - Sorri e Fantine se aproximou - Então... er... tchau. Boa viagem - A abracei rapidamente, encabulada com Carol por perto
- Amo você - Fantine sussurrou e eu sorri em resposta.
Observei ambas saindo porta afora e o sorriso se desmanchou, já sentindo falta de Fantine e agora preocupada com Carol ter descoberto sobre nós. Não tinha medo de sua reação, assim como não tenho medo da reação de Li, Karin e Aline, mas sim como isso poderá afetar à nós como grupo. Suspirei fundo e saí do apartamento também, batendo a porta atrás de mim.
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One Night Only
FanfictionO que ocorre após um show, fica apenas entre quatro paredes. Afinal, escondido é sempre mais gostoso... será? Fanfic Lutine. Censura: +18 anos. (Contém insinuação sexual)