Capítulo Quinze

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* Pra quem pede agilidade na repostagem, eu sempre digo... Repostar, é pior que escrever. Por isso a demora. Desculpem. Trabalho fora. Estou lidando com vários problemas de saúde. Sou mãe, dona de casa, esposa, e fazendo faculdade. Além de professora do infantil. Não tenho como ir mais rápido. Talvez com o recesso se aproximando consiga terminar essa postagem e De volta a Nikaule. 


Nicolas

— Bom dia Say. - Entro na sala e japonesa mais simpática que conheço me recepciona com um sorriso enorme. Com certeza ela não pensará duas vezes quando eu pedir que venha comigo para o Brasil.

Quando eu conheci a Say estava saindo de uma boate com alguns amigos e observei-a do lado de fora encostada. O que me chamou atenção não foi seu corpo ou sua roupa sexy, mas a luta que ela parecia travar consigo mesma.

Quando me aproximo ela logo enxuga uma lágrima...

— Se está afim de um programa são 250 euros.

— Jura? Isso não é demais? -Perguntei desconfiando porque ela cobraria 100 euros a mais que as outras mulheres cobravam.

Ouvi a voz dos rapazes que estavam comigo...

— Vamos embora Nicolas. Lá na Night Ritz é o lugar onde você vai encontrar as melhores mulheres da França.

— Por favor, não vá! - Ela praticamente suplicou. Olhei para trás e vi as únicas pessoas que conhecia até aquele momento. Meus três amigos que estavam me ajudando com a mudança para lá.

— Podem ir. Vou ficar por aqui.

— Sabe chegar à casa sozinho Nicolas?

— Darei um jeito. - Sei que estavam preocupados porque estávamos no mesmo carro.

Eles partiram e fiz um sinal para que caminhássemos.

— O que faz aqui...

— Érika... Eu me chamo Érika. Eu ia entrar na boate para procurar serviço de acompanhante, mas acredito que se trabalhar por conta própria eu ganharei mais.

— E acha que ficará rica assim? Com essa profissão? Pelo jeito é seu primeiro dia.

— Não. Não preciso ficar rica só pagar algumas contas...

Naquele dia descobri que ela estava com a mãe enferma, precisava pagar a internação e faltavam os tais 250 euros.

Ela me disse que tinha formação em administração, mas por não ter experiência não conseguia trabalho.

Passamos a noite caminhando porque não podia deixar margem de dúvidas que eu havia dormido com ela, caso contrário os caras ficariam zoando.

— Então Say... - É... O nome verdadeiro dela é Sayde, mas prefere que a chamem de Say. — Espero você na segunda. Tem meu cartão com telefone caso precise.

Fiz um cheque de 2000 euros e entreguei a ela. Não era caridade. Era uma comissão extra que havia entrado aquela semana, e que não estava esperando, por isso não me faria falta.

— Esse você me paga quando puder. - Enfiei a mão no bolso e retirei os 250 e entreguei. — Esse foi o que cobrou pela noite.

— Mas você não me conhece. E se eu não aparecer na segunda?

— Nunca mais terá outra chance como essa. Secretaria executiva de uma empresa em ascensão? Não. Você não perderia essa chance.

Ela apareceu na segunda e está até hoje. Infelizmente sua mãe veio a falecer dois anos atrás. Mas confio a ela minha vida.

Kaline,  -  Degustação Onde histórias criam vida. Descubra agora