Capítulo Trinta e Seis

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Kaline

— Como você conseguiu entrar aqui criatura? Que segurança existe nesse condomínio? – Eu estava um pouco apreensiva.

— Calma Kaline. Te adianto que não vim para brigar. Se eu tivesse tentando falar com você por telefone ou qualquer outro meio você não teria me atendido e eles não teriam me deixado chegar perto de você.

— E você acha que estamos errados? Depois de tudo que aprontou contra nós?

— Não. Não acho. Acho que estão certíssimos. Por isso quis fazer essa ultima tentativa para poder ir embora com a consciência tranquila.

— Ai até que enfim então está indo embora... Já vai tarde.

— Nossa então a menina boazinha não é tão boazinha assim. — Quando ela deu os primeiros passos, minha reação foi pegar um vaso a minha frente e atirar sobre ele.

— Calma. Como eu disse, só vim conversar.

— Justine, chega um dia que a gente cansa. Não te desejo nenhum mal, apenas que nos deixe em paz. Você teve sua chance com o Nicolas e não deu certo. Acabou! Parte para outra.

— É isso que eu vou fazer. Vou embora. Vou viajar, mas antes eu queria te dizer o seguinte...

— Não precisava me dizer nada. Era só ter ido.

— Eu fui uma idiota expondo suas fotos daquela maneira.

— Não tem mais importância. Nem teve o efeito que você achou que teria.

— Mas mesmo assim. Depois eu fiquei pensando... Olhando para isso. – Ela estendeu o envelope que pensei serem os originais. — Imagino a dor que passou. E penso pelo seguinte. Quantas vezes mesmo no casamento até quando transamos sem querer só para agradar o marido já é ruim. Imagina a força. Deve ser horrível e mais horrível ainda foi quem cometeu e eu me senti igual a ele expondo você daquela forma.

— Aceito suas desculpas.

— Agora eu vou aproveitar minha vida e espero que não seja tarde para aproveitarem a de vocês. – Ela se levantou e encaminhou-se até a porta. — Mais uma vez me desculpe. Ah! Quando estava chegando o mensageiro veio entregar isso e achou que eu era da família eu assinei e ele disse que era urgente. – Me estendeu o envelope e saiu. – Essa mulher até se desculpando aprontava. Olhei e vi que era da minha médica. Devia ser muito urgente mesmo para ela mandar entregar em casa. Abri e me sentei na hora... Estava escrito em negrito e em letras maiúsculas: POSITIVO.

— Não acredito meu Deus, — Falei comigo mesma. — Estou grávida! — As lágrimas correram por meu rosto sem que eu pudesse me conter. — Agora é sério é pra valer.

— Hei. Não foi trabalhar? – A Verônica estava indo para o trabalho e como mora de frente nosso apartamento vendo a porta aberta veio ver o que estava acontecendo.

— Já estou indo. Espera-me?

— Claro. Tem café? O Bruno não faz acredita? E eu não consigo levantar todos dos dias tão cedo quanto ele.

— Vai tomando que já estou indo. — Queria muito contar a ela, mas preciso contar ao Nicolas primeiro.

Enquanto me troquei ela tomou café, o telefone tocou e ela atendeu disse que era a Helen dizendo que virão ao Brasil trazer a Agatha para nos visitar e isso me deixou mais feliz ainda.

Na academia subo os degraus das escadas com muito mais cuidado que o normal. Vou até a madrinha, mas ela estava muito ocupada com a turma dela então vou até meu amor. Que estava em reunião... Então decido fazer uma surpresa.

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⏰ Última atualização: Feb 02, 2019 ⏰

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