Capítulo Vinte e dois

739 150 21
                                    

Kaline

— Nossa que dia foi esse na academia. Fiquei até zonza.

— Ciúmes meu amor. Só que o Bruno ainda não entendeu que está apaixonado pela Verônica. Ele acha que tem posse sobre ela e ela não quer mais isso. Chega um tempo em que as pessoas querem mais que sexo sem compromisso.

— Em falar em querer mais... O que a Justine quer mais?

— Esse não tem um objetivo concreto a não ser atormentar. Não ligue para ela. Não tem chance alguma de voltarmos e ela sabe disso. Eu tenho medo que ela possa aprontar algo, mas já pensei em tudo e não vejo como ela fazer isso.

— Tomara que seja só isso mesmo.

— Hoje eu te trouxe aqui por que queria te mostrar uma coisa. – Ele retirou uma caixinha do bolso e colocou em cima da mesa. Você só pode abrir se disser que está disposta a dar um passo a mais. – Fiquei igual criança antes da ceia de natal para abrir presentes.

— Ai Nicolas, não faz isso comigo. Deixa abrir...

— Só se disser que aceitar ficar noiva comigo. — Não respondi, mas peguei a caixinha e abri. O Anel era lindo. Entreguei a ele e estendi a mão.

— Isso é um sim?

— Eu acho um pouco cedo, mas se está me pedindo, a resposta é... Sim! — Disse sorrindo e empolgada. Nunca pensei que esse dia fosse acontecer. Mas estava acontecendo eu estava fincando noiva de um lindo homem que me fazia esquecer todo sofrimento que havia passado. Era um passo a mais na construção da família que tanto esperei.

De repente ouvimos palmas e nos deparamos com a Justine, parecia um pouco bêbada.

— Ora, ora, ora. Se não é meu marido com a namorada negrinha que arrumou para passar o tempo.

Só podia ser brincadeira. Se essa mulher não é Deus para estar em todos os lugares que estamos ela só pode ser o capeta.

Nicolas

— Marido, Justine? Onde ficou seu bom senso? O que você quer agora? Não me lembro de tê-la convidado a jantar conosco.

— Isso mesmo, mostre a essa daí quem você é. Seu ogro.

— Ogro eu? Lembro-me de você dizendo muito bem que o "ogro" que te levava a loucura na cama era outra pessoa. — Digo em voz baixa e sorrio para ela. — Sei muito bem que você se lembra de suas palavras... Deixa-me eu ver... "Ele me ama como um ogro na cama. Ele me sacia muito mais do que você." Foram essas não, suas palavras? Ah disse também que o Bruno tinha "pegada" que às vezes a mulher deseja ser tratada como uma prostituta. E foi justamente assim que ele te tratou. Quando se cansou, deixou você.

— E você guardou isso esse tempo todo, para me jogar na cara não é, Nicolas. Poderia pelo menos não me expor na frente dessa aí.

— Essa, que você está cansada de saber é minha atual namorada. Aliás, minha noiva. Estávamos comemorando isso. Já que você chegou sem ser chamada. Sinta-se agora parte da festa.

— Nicolas, vamos embora meu amor? - Kalie pediu delicada.

— Pode ficar tranquila Kalie, porque a Justine está de saída.

— Mas a nossa conversa ainda não acabou Nick.

— Não se humilhe mais Justine. Siga sua vida.

Ela saiu sem dizer nenhuma palavra.

— Desculpe. — Segurei sua mão. — Em breve ela se cansa.

— E se isso não acontecer? E se ela estiver mesmo arrependida?

Kaline,  -  Degustação Onde histórias criam vida. Descubra agora