Poeta de meia tigela

Guerra

A arte contrasta
Com o que faz parte de seu ser
O artista cria os traços
De seu sincero relato

Escuridão e luzes
Aonde foram todos agora?
Presos nessa pintura com seus perfeitos detalhes

Sem erros
Não temos espaço para isso
A tela é pequena demais

Estampa o caos interno
Mais perfeito labirinto
Ninguém sabe onde vai dar
Quem se arrisca?

Uma guerra onde só se pode perder
O sangue é derramado
Pintado com toda a destreza
Sob o que um dia foi bonito

Seu vermelho tinge o chão
Lágrimas salpicadas para se ter azul
Cobrem o vermelho com o amarelo

A tragédia nunca aconteceu
Amarelo é felicidade afinal

Cores primárias
Sempre bem usadas
Para representar o fim
Do que um dia brilhou

29.12.17