Um constante aperto no peito
soluços entre lágrimas
sentindo meu ar se esvaindoOs olhos fundos
andando como uma marionete
sobrevivendo ao se arrastarEncarando o teto vazio
como quem espera um milagre
mas este nunca viráAbraço o travesseiro
com a maior força que consigo
como se isso fosse te fazer voltarO perfume que uma vez exalou
agora é como um inseticida
que repele e fereAs borboletas do estômago
se rebelaram
impedem a alimentaçãoTudo continua normal
o mundo não se afeta
assim como vocêContinuo dando murro em ponta de faca
abrindo mais a ferida
enquanto suplico para sararMe dói a bagunça externa
um reflexo da minha mente
ao qual não consigo consertar15.09.22
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Poeta de meia tigela
PoesíaPoesias, poemas e contos escritos em momentos de eminente desespero da alma. Capa: drawnkill Conteúdo: © Lelly Snowger