Parapluie

34 2 11
                                        

As lágrimas dançam com a doce melodia
o rosto emoldura
afina

os olhos incham
ficam em carne viva
a boca seca
perde o ar

a voz não sai
as mãos trêmulas alcançam a tesoura
os fios caem
um por um

uma tempestade toma forma
a tinta muda todo seu tom
ouvem-se risadas
ofensas

a música se torna melódica
e enfim tudo aquieta

os sete palmos de terra serão seu guarda-chuva
para que não veja a tempestade

10.12.19

Poeta de meia tigelaOnde histórias criam vida. Descubra agora