Realidade

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Se eu chegar de supetão
Chutando a porta
Jogando tudo no chão
Vai perceber minha presença?

Se for como um furacão,
um tsunami
Ou um vulcão em erupção
Ainda vai ignorar minha existência?

Mesmo que chegue de mansinho
E destrua aos pouquinhos a  tua consciência
Mude sua aparência
Seria SÓ mais um problema?

Não me percebeste quando derrubei a porta
Monopolizei tua mente
Joguei o ouro aos porcos
sem nenhum precedente

Ignorou de maneira eficaz
Calmamente
Como se minha existência fosse mera poeira

Agora tudo está em minha posse
Nada mais você pode fazer
Se arrastará a cada dia em busca da melhora
Sem encontrar o que lhe feriu

Quando perceberá que o monstro,
não está embaixo da cama?
Também não está nos armários
Mas sempre esteve dentro de ti
A cada passo
Em cada decisão
Puxando-lhe do raso pra profunda escuridão

22.03.2018

Poeta de meia tigelaOnde histórias criam vida. Descubra agora