capítulo dois

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A cabeça de Harry dói.

É muito cedo, ele provavelmente dormiu por umas cinco horas, e a última coisa que ele quer fazer é ir para a escola. Ele suspira, resignado, e rola na cama, enfiando a cara no travesseiro, tentando bloquear o som do alarme. Esfregando seus olhos, ele conta até dez antes de se forçar a levantar da cama. Cada parte do seu corpo dói, seus pulsos ardendo pela noite anterior, e ele se sente meio nauseado quando pensa em como vai lidar com o dia.

É o tipo de manhã com a qual ele está acostumado.

Ele pega uma calça jeans e um moletom, tendo a certeza de que seus pulsos estão cobertos. Isso virou uma rotina para ele, tampar os pulsos rapidamente para que não tenha que olhar para eles e de forma que não tenha como ninguém os ver também. Se ele olha para eles por muito tempo, ele se sente mal.

Na tentativa de evitar a realidade, Harry permanece no seu quarto o máximo de tempo possível, mexendo em seu telefone e fingindo não ver as horas. Ele sai de sua casa quando faltam dez minutos para começar as aulas, dando um rápido adeus para sua mãe e seu padrasto quando ele sai pela porta.

Harry anda para a escola rapidamente, com uma música tocando alta em seus fones de ouvido para evitar ouvir os sons da rua e para que ele pudesse focar em outra coisa além de seus pensamentos. Assim que ele se aproxima da escola ele fica ciente do seu batimento cardíaco acelerado e o sangue correndo em suas bochechas. Ele está meio zonzo pela fadiga, fome e talvez um pouco de pânico e tudo o que ele quer é que o dia termine logo.

Ele está praticamente atrasado, então ele anda rapidamente pelos corredores quando ouve uma voz o chamar "Hey, Styles", e segundos depois ele está rodeado de um grupo de garotos, os mesmos que normalmente o atacam. Harry olha para o chão, esfregando suas unhas em seus pulsos por alívio. Ele tenta manter sua respiração estabilizada para que os garotos não saibam o quanto eles realmente o afetam, mas não faz nenhuma diferença porque ele está tremendo muito a ponto de não ter diferença em tentar esconder.

Chris, o seu agressor mais comum, anda até ele, sorrindo. Harry se prepara para o que vai vir, seja o que for.

"O que você está fazendo, bichinha? " Rosna um dos outros garotos, e Harry se encolhe com o xingamento. Ele não responde, apenas encara o vazio com os olhos vidrados. Ele aprendeu que é melhor ficar calado e deixar passar do que enfrentá-los. O que não é o caso hoje, pois Chris o empurra fortemente contra a parede em um único movimento, sibilando "Responda à questão, bicha".

"Não-" Harry engasga, pateticamente, fazendo Chris rir e colocar ainda mais força no aperto que estava lhe dando. Harry cerra os dentes, se preparando para um soco no rosto, quando ele escuta alguém gritar "Hey! " e, para o seu alívio, Liam e Niall estão andando pelo corredor. Harry relaxa um pouco quando Chris o solta, um pouco emburrado.

"Que merda é essa? " Liam pergunta para Chris. Ele é um pouco ameaçador quando está bravo, e se Harry não soubesse que Liam é incapaz de machucar alguém, ele ficaria com medo.

"Nós estávamos de saída" Chris diz, encarando Harry friamente, que se encolhe.

"Bom, vá adiante então" Liam diz, arqueando suas sobrancelhas. "A não ser que tenha outra coisa que você esteja esperando...? "

Chris dá um passo para trás lentamente. "Eu não quero brigar, cara... " Ele começa, mas Niall o corta rapidamente.

"Então eu sugiro que você caia fora daqui" Deus, como Harry ama os seus amigos.

Revirando os olhos, Chris gesticula para os seus amigos saírem. Ele lança um último olhar repugnante para Harry antes de se virar e ir embora.

Liam volta sua atenção para Harry, seus olhos gentis e preocupados. Niall praticamente o esmaga em um abraço, e Harry precisa se segurar para não soltar lágrimas aliviadas e agradecias.

lights will guide you home {tradução} || l.s.Onde histórias criam vida. Descubra agora