2. cumpleaños

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Sergio Ramos dá um toque na bola com o pé, fazendo com que a mesma salte até suas mãos e não hesita em esticar uma delas de forma a me ajudar a levantar

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Sergio Ramos dá um toque na bola com o pé, fazendo com que a mesma salte até suas mãos e não hesita em esticar uma delas de forma a me ajudar a levantar.

Eu, no entanto, me limito a suspirar exasperada e por puro impulso, dou um soco em sua chuteira direita.

É, que bosta de ideia.

— Ai, merda! — Choramingo, me arrependendo de ter feito isso no mesmo segundo, já que quem acabou se machucando fui eu e não ele. — Olha o que você fez seu brutamontes, me atirou para o chão e como se não bastasse ainda machucou minha mão!

Ramos revira os olhos e brinca com a bola, a girando por cima do indicador em um exibicionismo irritante.

— Não fui eu que te convidei para vir se juntar a mim neste belo e extenso jardim, nem foi minha chuteira que implorou para ser agredida por sua mãozinha frágil. — Debocha.

— Certo, mas se você não estivesse deliberadamente lançando bolas contra a parede, eu não estaria aqui! — exalo, a frustração evidente na minha voz enquanto me levanto do chão, sacudindo a grama que ficou presa em minhas mãos.

— Então o que você está dizendo é que quis vir me ver treinando? — Sua falta de interpretação é totalmente proposital. — Não basta me ver em campo, quer um show particular também, Alana? — Ele ergue uma sobrancelha, fingindo modéstia.

— Não Sergio, o que eu quis vir ver é a burrice em estado puro, intocada pela inteligência. Vulgo, você. Tem alguma coisa na cabeça, por acaso? Porque tipo, tem pessoas tentando dormir e você está aí, fazendo barulho e incomodando todo mundo! — minha voz sai mais alta do que eu pretendia.

O camisa 4 olha ao redor, fazendo uma expressão exagerada de procura, como se estivesse realmente interessado em encontrar alguém que confirmasse meu protesto.

— Quem seria "todo mundo"? Porque a única pessoa reclamando aqui é você.

— Você é insuportável.

— Eu? Você que está me atrapalhando enquanto tento treinar e me tornar ainda melhor.

— Você não pode treinar de amanhã de manhã como uma pessoa normal?

— Não. Se eu fosse uma pessoa normal, não seria o capitão do Real Madrid.

Acho que o odeio.

— Ah, entendo. — Sorrio cinica. — Melhor eu voltar lá pra dentro então, antes que o peso do seu ego inflado me derrube de novo.

Ele ri pelo nariz e morde o canto da bochecha, tentando conter o riso. Faço menção de ir embora mas, ao sentir a irritação ferver, deixo meus pensamentos impulsivos tomarem conta e, sem pensar, dou uma cotovelada na bola que Sergio segura entre o braço e o tronco.

O negócio sequer se move.

Quanta vergonha dá pra acumular em uma única noite? Não tenho certeza, mas acho que estou quebrando recordes.

𝐃𝐞𝐬𝐭𝐫𝐨𝐳𝐚𝐝𝐨 • 𝚂𝚎𝚛𝚐𝚒𝚘 𝚁𝚊𝚖𝚘𝚜Onde histórias criam vida. Descubra agora