Medos

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Por Isadora

Fiquei olhando para o celular imaginando o que ela teria decidido, já estava acreditando que ela não me queria... Mas eu precisava ver aquela mulher, seu cheiro já estava impregnado em mim, eu queria toca-lá novamente, mas era imprescindível deixar ela decidir se me queria ou não. A simples lembrança dos seus beijos me enlouquece, precisava conhecê-la melhor, toca-la, tê-la para mim.

Cheguei um pouco mais cedo, escolhi uma mesa mais reservada e pedi uma bebida forte, pois estava muito ansiosa. Pela janelas de vidro a vi chegando, estava em um vestido solto um pouco acima dos joelhos que valorizavam bem seu quadril, cabelos soltos, estava linda. Me viu logo que entrou e aproximou-se.

- Boa noite Isadora.
- Boa noite Lavínia, sente-se. - Disse dando um beijo em seu rosto.
- Achei que não iria te ver mais... - Disse sem olhar para ela.
- Apenas precisava pensar. E como você está? - Senti que ela tentou fugir do assunto.
O garçom chegou e ela pediu uma cerveja, um silêncio se fez entre nós.
Reparei que ela estava nervosa.
Ela me olhava com ternura, mas não dizia nada, e isso estava me afligindo demais.
Assim que o garçom retornou ela segurou nas minhas mãos, senti que estavam suadas.

- Lavínia, estou vendo que está nervosa, quer ir lá para casa, acho que será melhor, talvez fique mais calma.
- Podemos?
- É claro! Você pode tudo. - Brinquei para tentar descontrair.

Pedimos a conta e subimos, mais uma vez um silêncio mortal, mas desta vez ficamos nos olhando nos olhos. Passava mil coisas na minha cabeça. Mas não conseguia falar.
Assim que entramos no meu apartamento eu a prendi contra a parede segurando em sua cintura, estava difícil manter o controle com ela ali, bem a minha frente, segurei sua nuca e uma mão em suas costas, seus lábios tocaram os meus como se buscasse algo que se perdeu ali, nossas línguas se envolviam em uma dança. Tenho certeza que ela sentia meu coração pulsado por sobre a blusa, me olhou mordendo os lábios, ela estava tão ofegante quanto a mim, suas mãos tremiam, havia ali um misto de saudades e desejo, levantei seu vestido e apertei firme seu quadril contra o meu, minhas mãos estavam geladas então ouvi um gemido me deixando mais tranquila para continuar a saciar minha sede desta mulher, a puxei para o quarto, tirando seu vestido, fui beijando seu pescoço, desci parando em seus seios, ela me arranhava me deixando louca, passei a mão em sua calcinha e senti que estava úmida, ela gemia baixinho, abaixei e toquei seu clitóris com meus lábios, como eu sentia necessidade disto, ela rebolava e chamava meu nome, segurei firme sua coxa, sem deixar de chupar coloquei dois dedos e ela se agarrou ao lençol, gemeu mais alto. Estava descontrolada, e meu coração a mil.

Deitei em seus braços tentando recobrar o fôlego, quando senti que ela estava chorando.
- Meu amor, o que houve? - A apertei contra mim, mudando de posição, deixei que ficasse em meu peito e chorasse, não sabia  o que estava acontecendo, mas esperei que ela se acalmasse.
- Isa, eu quero muito tentar.. quero muito ficar com você, não consigo te esquecer um só segundo, nem quando estou dormindo, pois ainda sonho com você... Mas estou com muito medo... Medo de me machucar, medo de te machucar... Não sei o que fazer, sou muito insegura. - disse escondendo o rosto em meus seios.
- Lavínia, olha para mim... Por favor! - levantei seu rosto, olhando em seus olhos. - Você em poucos dias me fez rir mais que qualquer outra pessoa, me fez ficar suspirando pelos cantos, me fez ir do céu ao inferno com seu sumiço...
- Me desculpa... - disse sem jeito, dei um beijo leve em seu rosto.
- Você Lavínia, é tudo que sempre sonhei, só não imaginava que iria encontrar em uma mulher. Medo? Também estou. Mas tenho certeza que ao seu lado serei feliz, e farei de tudo para te fazer feliz. A beijei com paixão, sua boca era deliciosamente carnuda, lábios bem desenhados e redondinhos, eu poderia beija-lá a vida toda sem me cansar.

Por Lavínia

Tinha acabado de sair de uma reunião exaustiva quando Amanda diz que havia recebido uma encomenda e estava em minha sala, entrando encontrei um lindo buquê de rosas em minha mesa, com um convite para uma festa na sexta, era uma recepção na empresa em que Isadora era sócia. Assim que terminei de ler meu celular tocou.

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