Golpe sujo

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Por Lavínia

Aí que ódio desse imbecil! Na segunda frase dele já imaginei o que ele queria, nunca me imaginei passando por aquilo, sabia que Isadora não tinha culpa, ou tinha? Não sei, estava com tanta raiva que melhor nem conversar com ela, pois não queria me desgastar em uma discussão.
Queria ir para minha casa, mas quando percebi já estávamos na garagem do prédio dela. Não disse nada, apenas subi e fui direto para o banheiro, fechei  a porta e comecei a chorar, não pela situação e sim por imaginar ela nos braços daquele homem.

- Amor, abre está porta por favor... Não faz assim... - não respondi.
Ouvi quando ela começou a chorar.
Abri a porta e ela estava sentada na cama com as mãos no rosto, estava chorando, não aguentei, sentei em seu colo, encostei minha cabeça na dela e fiquei em silêncio por um tempo. Ela passou as mãos em minha cintura e me abraçou forte.

- Lavínia, eu te amo! Te amo tanto, de uma maneira que nunca amei ninguém, não quero te perder.

Meu coração apertou, quantas vezes sonhei com este momento... ela dizendo que me ama.

- Também te amo Isa, você não imagina o quanto. Me desculpa, mas fiquei com muito ciúmes te imaginando com aquele velho asqueroso.
- Esquece isso meu amor, por favor!

Não respondi, apenas a beijei, um beijo sedento, a deitei na cama, deslizei minha língua por seu pescoço, fui descendo devagar, parei em seus seios, enquanto minha boca estava em um, minha mão se encaixava no outro fazendo ela suspirar. Deslizei por sua barriga, passei para sua coxa, ela já puxava meus cabelos me colocando em seu sexo.

- Por favor amor...
- Pede... - falei olhando para ela.
- Me faz sua... me faz gozar... me deixa sentir sua boca...

Deslizei minha língua para dentro dela, fiquei ali brincando com seu sexo, ora chupava seu clitóris, ora dava leves mordidas, enquanto ela gemia alto. A penetrei.

- Mais forte amor... assim...

Ela rebolava me deixando louca, ela me puxou para um beijo, mantive meus dedos dentro dela, sentindo seu sexo apertar-me com espasmos de prazer. Mal ela se recompôs e já estava no meu sexo, que boca era aquela? Ela sabia exatamente como me deixar louca, ela segurava minha bunda, e me puxava cada vez mais para sua boca, gozei ali mesmo, apenas com sua língua me sugando. Estava feliz junto à minha doce Isadora.

Por narrador

Sr. Carvalho não ficou satisfeito com a noite anterior.

- Que mulher mais insolente, não perde por esperar, quem ela pensa que é para me ignorar assim, não sou homem de ser ignorado e muito menos humilhado, elas não perdem por esperar.

Chegando em sua empresa pediu para chamarem Michele, sua sobrinha e maior cúmplice em suas armações.

- Michele, minha sobrinha querida, tenho um servicinho para você.
- Diga tio!

Michele adorava as armações do tio, pois sabia que sempre lhe renderia um bom dinheiro.

- Lembra que um tempo atrás me contou que a Isadora, aquela acompanhante que eu saia estava com uma mulher, conheci essa mulher ontem, muito gostosinha, mas se acha demais.

Michele abriu um sorriso, pois sabia que ali teria a chance de se vingar das duas. Ela ouvia atenta.

- Quero que você salve todas as fotos que tirou de mim quando estava encontrando com Isadora, inclusive aquelas que eu tirei dela sem que a mesma percebesse, use alguns desses aplicativos que vocês jovens gostam e faça com que as fotos pareçam recentes. As guardem, assim que eu informar quero que as envie para o endereço de e-mail que te passarei. - disse pegando uma dose de whisky
- Tio, já até sei o que vai fazer. O senhor não presta. - os dois gargalharam já prevendo o que iria acontecer.
Um mês se passou, e ele já iria colocar seu plano em prática.

Por Lavínia

Nem acredito que o sr. Carvalho solicitou uma reunião comigo. Mas não vou sozinha mesmo. Chamei meu sócio e disse que se ele não fosse também não iria.

- Lavínia, ele deixou claro que queria a reunião com você.
- Se você não for comigo não irei. Pronto!

Por medo de perder o contrato ele aceitou ir comigo.
Chegando em sua empresa fomos logo direcionados para sua sala. Percebi que não gostou muito de ver o Rodrigo ao meu lado. Não me importei. Resolvemos tudo, ele aceitou os termos do contrato e fechamos ali. Já estávamos nos retirando.

- Tão logo o meu marketing tenha o planejamento estaremos enviando para aprovação. Não faremos nada sem antes lhe mostrar.
- Confio no trabalho de vocês.

Nos despedimos e assim que estava saindo ele me chamou.

- Ah Lavínia! Diga a Isadora que a espero no mesmo horário da semana passada.
- Como assim?
- Ela sabe a que se refere.
- Não acredito em você. - sai andando, ouvindo apenas ele dizer mais uma frase.
- Não duvide de mim garota. - E soltou uma gargalhada.

Quando olhei para trás vi a garota do Point próxima a ele, estavam rindo.
Assim que sai de lá liguei para Isadora contando o que aconteceu.

"Amor, ele está com o orgulho ferido. Não ligue para ele. Estou entrando para uma audiência, assim que sair te ligo." - foi o que ela me disse.

Já passava das 17 horas quando resolvi olhar meus e-mails, tinha um remetente que não conhecia, quando abri meu mundo desabou, tinha umas dez fotos da Isa com aquele homem asqueroso. Comecei a chorar sem parar, fechei o notebook e fui para casa.
Desabei no sofá, como ela pôde fazer isso comigo? Por que mentiu tanto? Por que disse que me ama? Minha cabeça estourava, mas não conseguia parar de chorar.
Liguei para Karina.

Ligação on.
- Karina, vem para cá agora, por favor...
- Lavínia, o que aconteceu?
- Apenas venha, por favor.
- Chego em 10 minutos.
Ligação off.

Assim que ela entrou desabei em seu colo, chorei de soluçar.

- Me conta o que aconteceu Lalá! Pelo amor de Deus. -
Apenas peguei o celular e abri meu e-mail mostrando a ela.
- Que porra é essa? - Indagou assustada.
- Ela não parou Kaka... ela não parou... - falei chorando muito ainda.

Minha amiga me abraçou forte, não sabia o que dizer, apenas ficou ali comigo.
Meu celular toca e era Isadora, meu coração estava destruído. Apenas desliguei o aparelho, alguns minutos depois o celular da Karina tocou. Ela atendeu.

- Oi Isadora!
- Sim, ela está comigo, mas não quer falar com você. E por favor, tenha um pouco de decência e não a procure mais.

Não permitiu que ela respondesse, apenas desligou.

A abracei e chorei mais ainda. Levantei peguei uma garrafa de whisky, tomei um copo em um gole só.

- Não vai adiantar Lavínia, não faça isso. - Karina disse tentando pegar a garrafa.
- Eu preciso Karina! Preciso muito. Não estou suportando esta dor - desabei no carpete e chorei muito.

Ela abaixou e me colocou em seu colo. A companhia tocou, uma, duas, três vezes. Praticamente parei de respirar, pedi Karina para não atender. Ficamos em silêncio, mas me assustei quando Isadora começou a socar a porta, depois de um tempo a ouvimos sair.
Karina desligou seu celular.
Bebi toda a garrafa, e mais duas de vinho.
Já passava das 00:00, quando peguei meu celular, o liguei e tinha varias mensagens da Isadora, nem li, apenas peguei o e-mail e enviei a ela. Desligando o celular novamente. Achei que ia me acabar em lágrimas naquela noite, Karina me obrigou a tomar um banho e comer algo. Mas nada descia. Tinha um nó em minha garganta.

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