❝ Imagines ✧ Stranger Things & It ❞

𝐁𝐨𝐨𝐤𝐬 || 𝐞𝐥𝐞𝐯𝐞𝐧

Adentrei a velha e única biblioteca da pequena cidade em que vivo e logo de cara pude sentir o cheiro de livros antigos combinado com algo que eu julgo ser..... Mofo? Ignorei e apenas parei em frente ao balcão onde a bibliotecária costumava ficar. Contudo, a única coisa que encontrei foi uma garota um pouco mais baixa que eu esboçando um sorriso ingênuo.

—Desculpem-me a demora, sabem como é, sou só uma para dar conta de tudo isso...—Sorri fraco em forma de resposta.—O que vão querer?

—Histórias sobrenaturais!—Eu e a garota ao lado exclamamos em um perfeito uníssono. A fitei por um segundo com sobrancelha aquedada, porém logo depois voltei a olhar para a mulher mais velha.

—Bem... Vocês terão que decidir quem ficará com o livro, só sobrou um exemplar!—A mulher apontou para uma prateleira quase vazia se não fosse por um livro de grosso calibre e aspecto velho no fim da fileira. Fitei a doce menina e me pus a andar até a prateleira e a mesma apenas me seguia. Lancei a garota um olhar desafiador e para minha surpresa, agarramos o livro ao mesmo tempo.

—Meu nome é Jane..—A mesma disse enquanto tentava puxar o livro.

—S/n...—Respondi ríspida colocando toda minha força. Em vão...

—Para que precisa do livro?

—Trabalhos da escola, e você?

—Trabalhos também, só que não dá escola...—A mesma corou esboçando em seguida o belo sorriso que possuía.

—Quem ficará com o livro?—Indaguei.

—Olha, sem ofensas mas eu preciso dele tanto quanto você!—A mesma disse.

—Só a uma maneira justa de resolver isso!—Exclamei.—Pedra, papel e tesoura!—Sorri e coloquei o livro novamente em seu devido lugar. Logo lá estava eu, S/n S/s, jogando pedra, papel e tesoura com uma completa estranha em uma biblioteca.—Ganhei!—Exclamei animada enquanto fitava a mão fechada da menina.—Papel come pedra!—Agarrei o livro e quando estava pronta para ir embora me virei uma última vez.

O que foi uma péssima escolha. Droga, S/n... Praguejei em pensamento. Aquele rosto angelical, pensativo e triste era de tocar o coração de qualquer um. Suspirei derrotada e disse:

—Podemos ler o livro juntos...—A mesma me fitou sorridente e assentiu sem pestanejar.

—Okay, parceira de livro!—Sorri com o apelido e nos duas nos sentamos na mesa que a biblioteca possuía um ao lado da outra. Abri o livro e logo iniciamos uma leitura em conjunto. Desde aquele dia de alguma forma eu sabia que iríamos nos dar muito bem.