𝐂𝐨𝐟𝐟𝐞 || 𝐅. 𝐖𝐨𝐥𝐟𝐡𝐚𝐫𝐝

4.9K 293 91
                                    

EU ESTOU SURTANDO MENINAS
Chegamos a 2k
C O M O ?
Gente eu já disse que amo vocês?

Eu não ia postar hoje mas como chegamos a 2k resolvi me esforçar e terminar logo esta pérola.

Estou pensando em fazer um especial mais não sei como, se alguém tiver alguma ideia comunique-me.

Para não
Ficar o típico clichê de inspiração e amor à primeira vista, decidi inverter os papéis.
Por isso, o capítulo é inteiramente narrado pela S/n.

♧ ♧ ♧

Droga. Murmurei mordendo a tampa da caneta na qual usava para escrever enquanto tentava procurar em meus pensamentos algo que me inspirasse.

Vir a cafeteria não fora uma ideia tão inteligente. Pensei focando meu olhar na folha totalmente branca sobre minha mesa.

De uns tempos para cá minha inspiração estava quase zero, isto se já não estiver zerada. Dei um longo gole em meu café sentindo o líquido quente descer queimando em minha garganta.

—Vai querer algo mais S/n?—Minha atenção foi atraída para a voz da garçonete recolhendo meu copo (agora vazio) de café. Neguei passando rapidamente os olhos pela cafeteria lotada e parando exatamente na porta, onde uma figura de cabelos perfeitamente cacheados adentrou  e em seguida olhou para as mesas aparentemente lotadas (Exceto pela mesa a minha frente).

Eu sabia que estava secando o garoto descaradamente e que parecia uma psicopata daquele jeito, mas meu lado racional estava desligado naquele dia.

Intrigante. Esta é a única palavra que vem a minha mente quando penso em definir o garoto agora sentado na mesa a minha frente. Agradeci mentalmente pelo fato do menino ter sentado na cadeira a frente me permitindo ter total visão de seu rosto suavizado.

—Hey, o que vai querer?—Ouvi Anny, a garçonete, indagar ao garoto que mudou seu olhar de direção para a mesma.

—Eu na verdade sou novo na cidade. Nunca vim nesta cafeteria.... Tem algo para me recomendar?—Sem deixar Anny responder, falei um de meus tipos de cafés favoritos:

—Recomendo o descafeinado com leite.—Falei fazendo o garoto me fitar com suas duas órbitas totalmente pretas e indecifráveis.

—Traga dois.—Ele murmurou alternando seu olhar entre Anny e eu. O garoto se levantou em seguida sentando a cadeira a minha frente e sorrindo logo depois. 

Não, eu não estava gostando dele e não tenho a mínima crença em amor à primeira vista, mas confesso que  o achei bonito o suficiente para um beijo.

—Qual seu nome?—Indagou.

—S/n, e o seu?

—Finn.—Sorri gentil voltando minha atenção ao papel totalmente em branco,  e só aí me dei a realidade de que teria que começar aquela música.

Os pedidos do garoto chegaram, o mesmo pegou seu copo de café e logo me estendeu o outro em sua mão com um sorriso formado em seu rosto. Arregalei discretamente os olhos antes de pegar o copo e começar a tomá-lo. Fitei Finn esperando ver a reação do garoto ao tomar o que eu havia sugerido.

—Isto é....—O garoto ficou estático por alguns segundos fitando o copo de café em sua mão. Tentei ler sua expressão mas era impossível.—Inexplicavelmente bom!—Sorri.

—Sim, sempre o peço.—Finn fitou o papel branco a minha frente e franziu o cenho antes de indagar:

—Está tentando escrever algo?—Assenti.

—Uma musica.—Suspirei.

—Falta de inspiração ou não consegue transferir as ideias para o papel?

—Inspiração.—O mesmo suspirou dando em seguida um gole em seu café.

—Posso te ajudar com isso, se quiser.

—Claro.—O garoto logo se levantou vindo sentar à meu lado. O mesmo concentrou o olhar em meus olhos; Coramos e em seguida fitei de volta o papel a frente.

—Pense em algo neste ambiente que te chame atenção e que tenha um significado para você.—Assenti.

O nome do garoto me veio automaticamente a cabeça.

—Pronto?

—Sim...—Falei vendo o rosto tranquilo do menino.

—Agora pense em algo nesta coisa ou pessoa que te chame mais atenção.—O fiz.

Os cachos aparentemente macios e os olhos profundos como um oceano negro do menino me vieram à mente.

—Agora, transcreva para o papel o que pensou.—Suspirei. Se eu fizer isso o garoto com certeza saberia que eu havia pensado nele, então transcrevi apenas a palavra chave.—Oceano negro, isso é tão poético!—Sorri para o menino.

—Temos um título.—Murmurei.

Eu já sabia perfeitamente o que escrever e sobre o que escrever.

Não era sobre um clichê romântico, mas sim no mundo totalmente preto e  ao mesmo tempo feliz que o garoto me fez viver em apenas uma conversa

—Eu tenho que ir, me diga depois se conseguiu ou não escrever sua música..—Finn se levantou.—Até mais garota do café...—Sorri do apelido antes de ver o garoto sumir ao sair da enorme porta de vidro.

—Obrigado...—Murmurei. Eu talvez nunca mais visse aqueles olhos negros novamente ou talvez até visse em alguma ocasião clichê por aí, mas eu sentia que não os tiraria da cabeça por um bom tempo.

Fitei o nome Oceano negro escrito em tinta preta e perfeitamente alinhado na primeira linha da folha.

Mordi os lábios antes de começar a escrever exatamente tudo o que sentia naquele papel.

Eu estava boba e com os hormônios à flor da pele. Era estranho e patético, mas eu sabia que me renderia um belo 10 na aula de música.


♧ ♧ ♧

Querem continuação beninas?

❝ Imagines ✧ Stranger Things & It ❞ Onde histórias criam vida. Descubra agora