𝐎𝐡, 𝐅𝐮𝐜𝐤! || 𝐉. 𝐃𝐲𝐥𝐚𝐧 𝐠𝐫𝐚𝐳𝐞𝐫

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Era aparentemente um dia normal na Imperial Street, se não fosse por um breve acontecimento que perturbou a manhã pacata de dois adolescente. Jack jogava a panqueca de lado para o outro dentro de uma frigideira só com a esperança da massa não atingir outro destino na queda. O garoto preparou a mesa mais linda que já havia visto ou recebido em toda a vida, o mesmo havia tomado conta de todos os detalhes e aquela seria a melhor manhã de suas vidas. Ele e S/n (sua namorada) iam entrar para a faculdade e em forma de comemoração Jack resolveu acordar com as galinhas e fazer um café da manhã para os dois.

—Shape of.....—O garoto, que cantarolava uma música qualquer que tocava no rádio, foi logo impedido de prosseguir por um grito extremamente agudo vindo do quarto da namorada. Jack agarrou qualquer objeto que entrou em seu campo de visão e correu em direção ao quarto da garota que se encontrava de pijama em pé sobre a cama. Jack suspirou aliviado por ver que ao menos a menina estava segura e logo indagou enquanto levantava o objeto no ar de prontidão para atacar caso algo aparecesse:

—Vai se foder S/n, eu quase morri do coração!—Berrou. —O que houve?—S/n estava em um estado tão catatônico de medo que apenas apontou com os olhos para o que parecia ser uma enorme aranha, talvez maior do que a mão do próprio namorado. Jack arregalou os olhos e logo gritou junto à namorada correndo para cima da cama.

—Eu achei que ia matá-la!—S/n se pronunciou enquanto agarrava o garoto (que era dois centímetros mais alto que a mesma).

—A única falha nesse seu plano é que também tenho medo de aranhas!—S/n pareceu entristecer a expressão assim como o namorado.

—Seja lá o que pensou que fosse, como ia me defender com uma colher?—Jack observou o objeto em suas mãos e logo deu de ombros o jogando para qualquer canto.

—Ah, qual é. Nos ganhamos bolsa para uma das melhores faculdades dessa cidade e vamos deixar uma aranha de araque nos fazer berrar?—Jack fez sua maior cara de coragem esperando convencer a namorada.

—Ah é, então qual seu plano para matar esse bicho, Sylvester Stallone?—Jack arqueou uma sobrancelha parecendo pensar e ignorando completamente a irônica comparação que a garota fez. O garoto sentiu um sorriso crescer ao (também) sentir uma ideia brotar em sua mente.

—Vamos tacar fogo!—S/n pareceu assentir discretamente.—Mas primeiro temos que nos armar!—Jack desceu com cuidado da cama olhando de soslaio para o bicho do outro lado de seu quarto. S/n não queria descer de forma alguma então, sem escolhas, o menino a pegou no colo fazendo a garota berrar até chegar na cozinha. Jack pegou o isqueiro, dois aventais, luvas para forno, e deixou na mão de S/n um cabo de vassoura só por precaução.

—Tem certeza que vai funcionar?—Jack pareceu pensar na resposta por alguns segundos deixando S/n preocupada.

—Não, mas nunca vou saber se não tentarmos!—Os dois assentiram enquanto caminhavam receosos até o quarto. S/n estava agarrada ao namorado e qualquer ruído que ouvisse faltava pular no pescoço do mesmo. Os dois logo adentraram o ambiente analisando primeiro o lugar onde o bicho estava.

—E se a casa pegar fogo junto com a aranha?—Jack pareceu pela primeira vez ter pensando naquela possibilidade então logo respondeu.

—Relaxa, eu pensei em tudo!—Ele não havia pensando em nada, mas também não queria preocupar S/n. Os dois logo se aproximaram em uma distância segura do bicho, Jack ligou o isqueiro e calculou onde deveria jogá-lo então logo o tacou na aranha, que em um golpe de sorte, pegou fogo. O bicho começou a correr pelo quarto aproveitando seus últimos minutos de vida ou tentando se salvar. S/n gritou antes de pular mas costas de Jack que apenas correu para a cama junto com a menina. Os dois logo observaram o bicho se tacar em algo antes de morrer completamente queimada. Jack pegou a vassoura e logo tacou de longe na intenção de apagar o fogo.

—Parece que conseguimos....—Jack comemorou enquanto limpava de sua testa um suor que o mesmo não sabia de onde havia saído.

—Não sei o que faria sem você.—S/n abraçou o garoto e logo depositou um breve selinho nos lábios do mesmo.

—Fiz café pra gente.—Os dois se dirigiram até a mesa e começaram a comer. Parecia que Jack e S/n haviam sido trancafiados em uma masmorra por uma semana sem comida, mas não, estavam apenas com fome.

—Até que você não cozinha tão mal, quando a gente se casar vai ser você que fará as refeições.

—hm.... Só se você virar a refeição depois.—Jack exclamou com a boca cheia de panqueca e esboçando um sorriso sem graça enquanto corava.

—Não vejo problema nessa proposta, Sr. Grazer.—S/n sorriu colocando mais panqueca na própria boca.

—Que bom, futura Senhora Grazer!—S/n sorriu enquanto continuava a refeição. Aquela não havia sido uma manhã tão ruim.

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