𝐇𝐨𝐬𝐩𝐢𝐭𝐚𝐥 || 𝐑. 𝐓𝐨𝐳𝐢𝐞𝐫

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oioioi
como estão?
Tudo tranquilo no mamilo ???

Esse pedido é da safemills_

próximo cap eu continuo com os outros
Lembrando que vai ser todo mundo atendido por ordem de pedido e também vou levar em consideração se o imagine vai ser trabalhoso ou não de escrever, paciência.
(Por enquanto os pedidos estão fechados, quando estiverem abertos eu aviso. Beijinhos)

Não sei se eu posso dizer que foi inspirado, mas tive essa ideia do nada enquanto escutava Angeline do Chase amor da minha vida Atlantic

Amo ustedes
Buena leiturita

♧ ♧ ♧

Não importa o quão amargurado(a) você seja, S/n era sem sombra de duvidas a garota mais amargurada que existia em toda Derry. Sempre trancada naquele quarto de hospital, lendo e relendo varias vezes o mesmo livro, pensando e repensando a própria morte, observando as pessoas que pareciam minúsculas da janela viverem suas próprias vidas, presa a varias tubulações que lhe garantiriam a condição de existência. Era icônico quando se parava pra pensar, os mecanismos permitiam que S/n respirasse mas a impediam de conviver em sociedade como alguém normal sem ser o centro das atenções; Sem ser digna de pena. Eles a impediam de viver ao mesmo tempo
que a mantinham viva.

S/n era claramente depressiva. Os médicos diziam que era efeito colateral de se estar morrendo, e não podiam estar mais certos. S/n estava morrendo pouco a pouco sendo consumida por tumores, e com o estilo de vida que a mesma levava morrer era o que a garota mais almejava. 

Só havia uma pessoa em toda Derry que conseguirá mudar o ponto de vista de S/n e essa pessoa era Richard Tozier. O garoto amava visitar a mesma desde que havia a conhecido pela primeira vez no refeitório do hospital. Richie se encontrava fazendo uma visita à Eddie, que pela quinta vez havia pegue alguma espécie de resfriado difícil de tratar, como sempre, era drama da mãe narcisista que o garoto possuía. Richie a observava de longe solitária em um banco de madeira que dava à vista perfeita para o jardim, com o rosto serenamente triste fitando o nada cercada por mecanismos que a ajudavam a respirar. Richie olhava para ela assim como todos daquele recinto, a diferença era que as outras pessoas não fitavam especificamente S/n, mas procuravam concentrar seu olhar naquilo que a tornava diferente. Olhavam para S/n exalando a pena que sentiam. Richie queria apenas protegê-la.

Tozier olhou no espelho do corredor vendo seu reflexo dando os últimos retoques na própria aparência. Ele queria estar perfeito para S/n, queria arrancar da mesma os sorrisos que sua condição de vida não a permitia dar. O garoto desejava que S/n tivesse o melhor último ano de sua vida, e talvez até da dele. O menino escondeu a tulipa que havia trago para a garota atrás das costas na tentativa de fazer uma surpresa para ela. O mesmo sabia o quanto S/n amava tulipas, principalmente as roxas. Por fim, deu uma última conferida no próprio reflexo e suspirou andando para o quarto à frente. Richie deu não mais que dois toques na porta e logo escutou S/n murmurar um "entre" em meio a tosses.

O mesmo adentrou o quarto com um sorriso largo vendo a menina sentada na cama lendo o mesmo livro pela milionésima vez. Um brilho incontrolável se instalou nos olhos da garota à frente. Tozier era o motivo pela qual as tardes de S/n haviam deixado de ser tediosas, ela amava simplesmente o ato de vê-lo.

—O que você tá escondendo aí?— A mesma indagou ao se dar conta de que Richie portava algo atrás de si. S/n se levantou da cama trazendo consigo o cilindro de oxigênio que sempre carregava. Richie admirava a mesma por ter disposição. Ela era a garota mais forte que ele conhecia; mais forte, mais linda e com toda certeza perfeita para o mesmo.

S/n tentou de diversas maneiras ver o que o garoto carregava consigo atrás das costas, mas foram todas as tentativas em vão. Richard, percebendo o desespero da garota rapidamente se ajoelhou estendendo a flor para a mesma estática à frente.

—Aceite esse humilde presente que eu roubei do jardim da mãe do Eddie.— S/n gargalhou enquanto recolhia a tulipa de tonalidade roxa da mão do menino, e em seguida abraçou Richard descansando a cabeça no peito do garoto. A mesma amava abraçá-lo daquele jeito, amava sentir seu cheiro e escutar o frágil coração do menino palpitar rápido no peito toda vez que a mesma estava perto. Richie por sua vez sentia que daquela maneira poderia protege-lá como sempre almejou.

—Como vão as coisas?— Tozier indagou quebrando o contato entre os dois.

—Richie, você sabe que eu não tenho expectativa de melhora... na mesma.— A garota suspirou pesadamente como se descarregasse um fardo falando aquilo.

—Eu espero que você melhore, ou que pelo menos dure o suficiente pra gente fazer pequenos Richies e pequenas S/ns. — A garota arqueou a sobrancelha enquanto continha a risada. — Vão ter os seus olhos.

—E o seu senso de humor...—Tozier deu de ombros sorrindo em coro com a garota à frente.

—Falando sério, não acho que isso vá chegar a acontecer.— O adolescente engoliu seco vendo a garota baixar a cabeça fitando os próprios pés. Ela estava certa e não havia o que fazer, só torcer para não ser logo.

S/n quebrou o constrangedor silêncio que havia se instalando com tosses e mais tosses. Era triste para Tozier pensar que era assim quando ele não estava ali para ampara-la  e a mesma tinha que se virar e aceitar a dor, por isso o garoto fazia de tudo para sempre participar da vida de S/n ao máximo.

O mesmo ajudou a garota a deitar na maca e se aconchegou ao lado de mesma enquanto abraçava as costas ossudas da garota. Richie encostou o queixo no ombro de S/n a apertando mais para perto de si. Ele queria permanecer ali para sempre, nunca se cansaria da presença de S/n.

—Eu te amo. — A menina disse com a voz falha e quase inaudível por conta da dor que sentia, mas naquele momento ela não dava a mínima para a dor , ou para o quanto era cansativo passar o dia em um quarto escuro esperando a hora da própria morte. Quando Richard estava por perto o tempo parecia ser só um acessório ilimitado e a dor uma consequência vaga.

—Eu te amo mais.—Respondeu. S/n sorriu enquanto sentia uma lágrima escorrer por sua bochecha. O amor que os dois sentiam um pelo outro era um símbolo extremo de pureza e do quanto o destino pode ser injusto.

♧ ♧ ♧

não me matem.
bom dia.

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