Cap. 53

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...Subo as escadas vendo a porta do meu quarto aberta, o que é estranho porque eu sempre fecho.

Entro vendo Henrique fuçando nas minhas coisas.

Minhas gavetas estão abertas, maquiagens espalhadas no chão, tudo bagunçado.

Ele para na minha gaveta de calcinhas e fica lá mexendo, depois daqui ele vai direto para o psiquiatra.

- Como você entrou aqui? - pergunto.

- Eu já sou de casa Laurinha! - ele fala com deboche - Após o reinado do seu namoradinho escroto, o morro vai ter um belo herdeiro.

- Do que você está falando seu idiota?

- Disso! - ele fala mostrando o teste que deixei escondido - Por que engravidou dele sua vagabuda? - o mesmo fala se aproximando.

Paro assim que bato minhas costas na parede e ele ri me encurralando com seus braços.

O mesmo aperta minha boca e logo eu sinto o gosto do sangue na boca, tento arranhar ele com minhas unhas mas não consigo.

Ele me puxa pelo braço me jogando na cama com força e sobe encima de mim beijando meu pescoço.

Tento relutar contra o mesmo mas não consigo por ele está encima de mim.

Gemo de dor ao sentir ele me morder, bem nos seios e começo a chorar pensando em mil e uma coisas.

Ele se estressa mais ainda ao me ver chorando e me joga no chão, tira minhas roupas me deixando semi nua.

Tento gritar para que os menores ouçam mas ele me bate na cara novamente.

Sinto várias pontadas na barriga após ele ter ficado encima de mim, ele me levanta me levando para o banheiro.

- Por q-que v-você está f-fazendo isso comigo? - falo com dificuldade.

- Por que você é uma puta que engravidou de qualquer um, quem garante que esse demônio não é meu? Em? Engole o choro sua vadia! - o mesmo fala puxando meu cabelo com força.

Ele me força a me olhar para o espelho e eu estou simplesmente destruída, toda vermelha e arranhada, com sangue no nariz e na boca.

O mesmo faz o favor de esfregar minha cara no espelho e eu temo que aconteça algo pior.

Henrique me beija na boca e cospe o sangue na minha cara, segura em meu pescoço e arrasta até o closet.

Que tipo de tortura é essa?

Ele me joga no chão e pega as minhas roupas as rasgando e jogando em mim.

Penso em fugir mas percebo que ele tem uma arma, melhor não atentar.

Sinto a pontada de novo e gemo de dor fazendo ele prestar atenção em mim, o mesmo me levanta e me joga encima do espelho.

Depois disso não lembro mais de nada.

- domingo, 06:49 -

Pisco meus olhos várias vezes tentando se acostumar com a luz branca do quarto.

Percebo que não estou em casa e que meu corpo dói demais.

Olho ao redor vendo mamãe dormindo mas ela logo acorda e vê que estou acordada.

A mesma se levanta já chorando e me abraçando agradecendo a Deus.

- Mãe, cadê o papai? - falo vendo ela sorrir, normalmente ela reclamaria que eu só falo dele.

- Sabe que ele não pode entrar no hospital mas assim que a Drª Mônica te der alta você verá ele, tá bom? - assinto tentando sentar na cama.

- Que dia é hoje? - pergunto vendo o céu escuro pela janela.

A filha do dono do morroOnde histórias criam vida. Descubra agora